Uma equipe de cientistas realizou uma análise minuciosa de uma antiga cidade, no oeste do México, construída por um povo inimigo dos astecas: os purepechas.
A cidade recebeu o nome de Angamuco e, de acordo com o que os pesquisadores puderam apurar, cerca de 40 mil edifícios foram abandonados pela população, a civilização Purepecha, depois de ter ficado coberta de lava.
De acordo com Christopher Fisher, professor de Antropologia da Universidade do Colorado, nos EUA, acredita-se que mais de 100 mil pessoas vivessem na cidade entre os anos de 1000 e 1350.
Angamuco, explicam os autores da pesquisa, tinha uma organização incomum, com monumentos e pirâmides concentrados em oito zonas na periferia da cidade, em vez de estarem localizados, como é tradicional, em uma praça central.
Segundo o The Guardian, a cidade foi descoberta com um laser Lidar, técnica inovadora que aplica múltiplos impulsos laser na superfície a partir de um avião para conhecer a profundidade do solo em determinada região.
Christopher Fisher realça que “é incrível” que “a maior cidade” conhecida até agora deste período estivesse escondida no coração do México há tanto tempo. A cidade já tinha sido descoberta em 2007, mas nesse período os cientistas utilizaram um método tradicional, que levou mais de uma década para mapear toda a área da cidade perdida.
“Os métodos tradicionais de pesquisas arqueológicas no campo levariam 20 anos para recolher tantos dados quantos os que dois dias de trabalho com a tecnologia inovadora permite”, acrescentou o professor universitário.
A técnica de mapeamento com impulsos laser permitiu também, recentemente, a descoberta de uma enorme metrópole maia na Guatemala, sugerindo que a civilização maia tinha milhões de habitantes a mais do que se pensava.
Ciberia // ZAP