Mirabolante internet espacial de Elon Musk recebe sinal verde dos EUA

Parece que já conhecemos quem será o vencedor da corrida da internet espacial: a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos autorizou a SpaceX a lançar seu serviço de internet de banda larga espacial, o Starlink. Se tudo correr bem, os norte-americanos devem ter acesso à internet espacial já em 2019.

O serviço da Starlink vai funcionar de forma semelhante à internet Wi-Fi, sem precisar de um hotspot. Isso significa que enormes partes dos Estados Unidos que até hoje não contam com nenhum tipo de internet, especialmente nas zonas rurais, poderão finalmente ter acesso à rede mundial de computadores.

O sistema proposto irá incluir 4.425 satélites de órbita terrestre baixa – a menos de 2 mil quilômetros de altura – que vão enviar conectividade nas bandas de frequência Ka e Ku. A internet funcionará exatamente como o serviço oferecido em aviões, mas com uma velocidade muito superior.

O serviço deve entrar no mercado em 2019, quando pelo menos 800 satélites estiverem em órbita.

A notícia deve ser especialmente empolgante para os 34,5 milhões de norte-americanos que vivem em regiões sem acesso à internet, o que inclui tanto áreas rurais como bairros urbanos negligenciados pelos provedores.

O Starlink também pode ajudar a combater o monopólio a que muitas pessoas são submetidas, oferecendo uma segunda opção e potencialmente baixando os preços.

É possível que o mesmo serviço seja oferecido no resto do mundo em breve.

Em 2017, quando a SpaceX fez um pedido junto da FCC, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA, no âmbito do seu plano de criar uma rede global de internet de alta velocidade, a ONU declarou o acesso à internet como um direito humano básico.

A SpaceX pretende oferecer serviços de banda larga de alta velocidade confiáveis e acessíveis aos consumidores nos Estados Unidos e de todo o mundo, incluindo áreas mal servidas ou atualmente não servidas pelas redes existentes”, explicou Patricia Cooper, vice-presidente de assuntos espaciais da SpaceX, durante a audiência.

A SpaceX ganhou uma corrida cada vez mais competitiva para estabelecer acesso à internet rápido, generalizado e barato por todo o planeta. A empresa acha que esse mercado vale dezenas, senão centenas de milhares de milhões de dólares por ano.

Uma rede de satélites espacial eliminaria obstáculos e despesas de instalar tecnologias em terra. Desafios comuns associados à localização, escavação de buracos, colocação de fibra ótica e tratamento de direitos de propriedade, por exemplo, são todos diminuídos por uma rede baseada no espaço.

Os custos mais baixos também poderiam resolver questões de acesso. Em um pedido legal de julho de 2016, a SpaceX incluiu um dado de um relatório da UNESCO afirmando que “4,2 bilhões de pessoas (ou 57% da população mundial) estão offline por uma ampla gama de razões”, incluindo o fato de que a conectividade necessária não está presente ou não é acessível.

Ciberia // HypeScience / ZAP

COMPARTILHAR

1 COMENTÁRIO

  1. Realmente eu trabalho pela a internet com desenvolvimento web e percebo a dificuldade que a gente tem com a conexão em determinados lugares e sem contar o valor muito alto que é cobrado. Espero que essa mudança passa trazer vantagens.

DEIXE UM COMENTÁRIO:

Como é feito o café descafeinado? A bebida é realmente livre de cafeína?

O café é uma das bebidas mais populares do mundo, e seus altos níveis de cafeína estão entre os principais motivos. É um estimulante natural e muito popular que dá energia. No entanto, algumas pessoas preferem …

“Carros elétricos não são a solução para a transição energética”, diz pesquisador

Peter Norton, autor do livro “Autonorama”, questiona marketing das montadoras e a idealização da tecnologia. Em viagem ao Brasil para o lançamento de seu livro “Autonorama: uma história sobre carros inteligentes, ilusões tecnológicas e outras trapaças …

Método baseado em imagens de satélite se mostra eficaz no mapeamento de áreas agrícolas

Modelo criado no Inpe usa dados da missão Sentinel-2 – par de satélites lançado pela Agência Espacial Europeia para o monitoramento da vegetação, solos e áreas costeiras. Resultados da pesquisa podem subsidiar políticas agroambientais Usadas frequentemente …

Como o Brasil ajudou a criar o Estado de Israel

Ao presidir sessão da Assembleia Geral da ONU que culminou no acordo pela partilha da Palestina em dois Estados, Oswaldo Aranha precisou usar experiência política para aprovar resolução. O Brasil teve um importante papel no episódio …

O que são os 'círculos de fadas', formações em zonas áridas que ainda intrigam cientistas

Os membros da tribo himba, da Namíbia, contam há várias gerações que a forte respiração de um dragão deixou marcas sobre a terra. São marcas semicirculares, onde a vegetação nunca mais cresceu. Ficou apenas a terra …

Mosquitos modificados podem reduzir casos de dengue

Mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia podem estar associados a uma queda de 97% nas infecções de dengue em três cidade do vale de Aburra, na Colômbia, segundo o resultado de um estudo realizado pelo …

Chile, passado e presente, ainda deve às vítimas de violações de direitos humanos

50 anos após a ditadura chilena, ainda há questões de direitos humanos pendentes. No último 11 de setembro, durante a véspera do 50° aniversário do golpe de estado contra o presidente socialista Salvador Allende, milhares de …

Astrônomos da NASA revelam caraterísticas curiosas de sistema de exoplanetas

Os dados da missão do telescópio espacial Kepler continuam desvendando mistérios espaciais, com sete exoplanetas de um sistema estelar tendo órbitas diferentes dos que giram em torno do Sol. Cientistas identificaram sete planetas, todos eles suportando …

Em tempos de guerra, como lidar com o luto coletivo

As dores das guerras e de tantas tragédias chegam pelas TV, pelas janelinhas dos celulares, pela conversa do grupo, pelos gritos ou pelo silêncio diante do que é difícil assimilar e traduzir. Complicado de falar …

Pesquisa do Google pode resolver problemas complexos de matemática

O Google anunciou uma série de novidades para melhorar o uso educativo da busca por estudantes e professores. A ferramenta de pesquisa agora tem recursos nativos para resolver problemas mais complexos de matemática e física, inclusive …