A força aérea israelense admitiu ter usado, pela primeira vez, o poderoso avião de combate de dois tanques, em uma missão recente.
Um dos aviões de combate mais avançados do mundo, o F-35, foi utilizado pela primeira vez em uma ação real. Nesta terça-feira (22), a força aérea israelense admitiu ter usado o poderio dos caças, de fabricação norte-americana, em dois ataques.
“Estamos usando o F-35 em todo o Oriente Médio e já realizamos dois ataques em duas frentes diferentes”, revelou o major-general israelense Amikam Norkin, citado pela BBC.
Norkin afirmou acreditar que esta foi a primeira vez que o caça foi utilizado no Oriente Médio e que a Força Aérea ainda tenta entender “todo o enorme potencial” da aeronave.
Em vídeo divulgado pelo Exército, Amikam Norkin aponta para uma foto que diz ser do F-35 “sobre Beirute”, mas não especificou quando ocorreu a missão e qual era o seu alvo, apesar de a Síria e o Irã acusarem Israel de vários ataques aéreos em solo sírio.
No dia 10 de maio, Israel admitiu ter atacado uma série de alvos iranianos na Síria, em resposta a um ataque com mísseis do Irã, efetuado a partir do país vizinho.
Israel tem afirmado que não permitirá que o Irã estabeleça uma presença militar permanente na Síria, salientando temer que seja utilizado território sírio para lançar ataques contra Israel.
Israel foi um dos primeiros países a adquirir o avião de guerra fabricado nos EUA em 2016. A tecnologia avançada stealth do caça F-35 permite escapar dos sistemas antiaéreos sofisticados, de acordo com a fabricante de armas Lockheed Martin. O país adquiriu 50 caças F-35, tendo já recebido nove. Segundo a BBC, a força aérea pode obter até 75.
O general israelense disse, numa reunião com 20 líderes das forças aéreas estrangeiras, que Israel ganhou o Eurovision “com a canção ‘Toy’, mas o F-35 não é um brinquedo“.
De acordo com o Diário de Notícias, o programa F-35 é um dos mais caros da história militar dos Estados Unidos e foi bastante criticado pelo dinheiro que custou ao erário público norte-americano.
A BBC avança que cada avião teria custado 100 milhões de dólares, cerca de R$ 365 milhões.
Ciberia, Lusa // ZAP