Um estudo recém publicado na revista médica “Jama Internal Medicine” mostra que a prática conhecida como jejum intermitente não traz benefícios para o corpo e, ainda, não promove perda de peso de fato. A pesquisa, liderada pelo cardiologista Ethan Weiss, da Universidade da Califórnia, foi publicada no fim de setembro.
As análises científicas foram feitas usando como base 116 adultos inicialmente, mas apenas 105 foram até o fim. Eram homens e mulheres entre 18 e 64 anos que apresentaram sobrepeso ou obesidade e foram divididos em dois grupos.
O primeiro grupo aderiu à prática do jejum intermitente e só pode comer de 12h às 20h. O outro grupo foi autorizado a fazer três refeições por dia, incluindo lanches entre eles.
Ao final das 12 semanas do estudo, o que se observou é que a diferença na perda de peso entre os participantes dos dois grupos foi ínfima: 1,17% para os praticantes do jejum e 0,75% para o outro. Além disso, nenhum dos dois grupos apresentou redução significativa relativa a gordura corporal.
A pesquisa vem de encontro ao que é dito com frequência sobre os resultados do jejum intermitente. Acontece que a maioria das pesquisas que sustenta a teoria de que restrição alimentar é eficaz no controle metabólico e na redução de peso vem de experimentos feitos com animais ou feitos com poucos adultos por um período muito curto.
Outro fato observado pelos pesquisadores é que o grupo que aderiu ao jejum apresentou uma redução maior de massa magra corporal. Porém, os dados também não são estatisticamente relevantes. Em resumo, os que praticaram o jejum perderam, em média, 1,7kg, sendo que 1,1kg de massa magra e apenas 500 gramas de gordura.
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