Um notório assaltante de bancos fugiu na manhã deste domingo (01/07) de helicóptero da cadeia na França, numa operação de poucos minutos que não envolveu reféns nem deixou feridos, anunciou a administração da penitenciária.
O assaltante Redoine Faïd, que chegou a ser classificado por jornais da França como “inimigo público número 1” do país, cumpria pena de prisão na penitenciária de Réau, na região de Paris. Ele contou com a ajuda de ao menos três homens fortemente armados, segundo autoridades.
No fim da manhã, Faïd estava conversando com um irmão na sala de visitas quando um helicóptero pousou num pátio interno da penitenciária, o único que não tinha rede de proteção contra helicópteros. Dois homens fortemente armados arrombaram a porta da sala de visitas. Depois levaram o detento para o helicóptero e fugiram.
Um terceiro cúmplice mantinha uma arma apontada para a cabeça do piloto do helicóptero, relataram guardas da penitenciária. Os cúmplices estavam vestidos de preto, com máscaras também pretas, e armados com metralhadoras.
Uma testemunha disse que o helicóptero foi mais tarde encontrado em Garges-les-Gonesse, a cerca de 60 quilômetros da prisão. O piloto foi libertado sem ferimentos.
Depois de abandonarem e tentarem incendiar o helicóptero, o foragido e seus cúmplices continuaram a fuga de carro. Uma operação de busca foi iniciada em toda a região parisiense. Investigadores também abriram um inquérito para investigar as circunstâncias da fuga. O irmão de Faïd prestou depoimento.
Os cúmplices haviam se deslocado de manhã a um pequeno clube aeronáutico em Fontenay-Trésigny, onde sequestraram o piloto que os levou até a penitenciária.
Esta é a segunda vez que Faïd foge de uma prisão. Em 2013, ele escapou da penitenciária de Lille-Séquedin, no norte de França. Naquela ocasião, utilizou explosivos e fez funcionários reféns.
Faïd, de 46 anos, foi condenado em abril, em segunda instância, a 25 anos de prisão por um assalto fracassado na região de Paris, em 2010, no qual uma agente da polícia municipal, Aurélie Fouquet, foi morta.
Nos anos 90, ele liderou uma gangue envolvida em assaltos a bancos e carros-fortes. Foi preso em 1998, depois de três anos em fuga, tendo passado pela Suíça e por Israel. Em 2017, foi condenado a dez anos de prisão pela evasão da prisão Lilli-Séquedin e a 18 anos de prisão pelo ataque a um carro blindado no norte de França em 2011.