Os astrofísicos propuseram uma ideia incomum para detectar extraterrestres nas zonas longínquas do universo, o que pode acabar se tornando um grande avanço para a astronomia.
Desde o início da exploração espacial, a humanidade deixou grande quantidade de detritos espaciais que orbitam ao redor da Terra. Entretanto, os cientistas do Instituto de Astrofísica das Canárias encontraram um aspecto positivo da poluição espacial.
Se os cientistas forem capazes de encontrar lixo espacial a orbitar outro planeta, esse fator pode indicar que o planeta é habitado por uma forma de vida suficientemente inteligente para, pelo menos, lançar satélites.
Entretanto, os cientistas mais céticos apontam uma falha importante na teoria.
A distâncias tão longínquas, os satélites naturais de planetas, assim como pequenas luas ou cinturões de asteroides, podem se parecer muito com lixo espacial deixado por civilizações avançadas.
Hector Socas-Navarro, professor do Instituto de Astrofísica das Canárias, por sua vez, declarou que observações posteriores permitirão aos astrônomos distinguir um do outro.
Os astrônomos, que geralmente utilizam o “método de trânsito” – em que a luz de uma estrela se torna visível conforme um planeta transita à sua frente para encontrar exoplanetas –, acreditam que o mesmo método pode ser aplicado para a identificação do “lixo espacial” em órbita geoestacionária, possibilitando identificar civilizações alienígenas distantes, segundo o portal último segundo.
Depois disso, os astrônomos procederiam então a observações que visariam distinguir os satélites naturais de exoplanetas do lixo espacial.
Embora pareça difícil detectar uma variação mínima na luz refletida por um planeta, o astrofísico expõe que os telescópios atuais podem conseguir fazer esses registros, principalmente se houver muito lixo.
Socas-Navarro calcula que se os exoplanetas da TRAPPIST-1 tiverem tantos objetos deixados na superfície como a Terra em 2200, o lixo espacial poderia ser identificado sem muita dificuldade.
“Se descobrirmos a massa e a rotação do planeta, facilmente descobrimos seu lixo coletivo. A ideia é examinar os arredores do corpo celeste, pois é onde os potenciais satélites geoestacionários orbitariam. Com isso, civilizações com uma alta densidade de dispositivos presentes naquele espaço podem ser descobertas, já que a curva de luz na estrela que orbita será exposta”, afirma o astrônomo.
// ZAP