A namorada do pai de Gabriel Cruz, principal suspeita do assassinato do menino de oito anos, confessou o crime e disse não ter tido cúmplices. O funeral da criança aconteceu nesta terça-feira (13), em Almería, no sul do território espanhol.
De acordo com Cadena Ser, Ana Julia Quezada, assassina de Gabriel Cruz, o menino de oito anos que estava desaparecido desde o fim de fevereiro, confessou o crime às autoridades durante um interrogatório na presença da sua advogada.
A mulher de 43 anos, de nacionalidade dominicana, admitiu que deu uma pancada na cabeça do menino com o cabo de um machado durante uma discussão, depois dele tê-la agredido, e que, em seguida, o asfixiou. A autópsia ao corpo, encontrado no domingo (11) no porta-mala do carro da madrasta, já tinha concluído que a criança foi asfixiada.
Ana Julia garantiu que atuou sozinha, escondendo as roupas de Gabriel em um aterro sanitário que já estava localizado pela polícia, e que é a única autora do crime. Fontes ligadas à investigação contaram ao El País que a mulher “respondeu a todas as perguntas e colabora” para a resolução do caso.
O menino desapareceu quando saiu da casa da avó, onde passava férias, para se dirigir à casa de outros familiares, a poucos metros de distância, em Las Hortichuelas, uma comunidade turística na cidade de Níjar.
As contradições nos testemunhos prestados pela namorada do pai da criança, Ángel David Cruz, já tinham levantado suspeitas. Tudo começou quando a mulher informou ter encontrado uma camiseta de Gabriel em um local onde já haviam sido feitas buscas. A peça de roupa estava limpa e seca, apesar de ter chovido nos dias anteriores.
Os investigadores responsáveis pelo caso decidiram então lançar a isca e a suspeita caiu. A equipe disse à madrasta que estavam muito próximos de encontrar o lugar onde estava o corpo, o que levou Ana Julia a ir ao local retirar o cadáver.
Policiais à paisana conseguiram fotografá-la retirando o corpo de uma vala, envolvendo-o com uma manta e colocando-o no porta-mala do carro.
O funeral de Gabriel foi realizado nesta terça em Almería. O juiz do Tribunal de Instrução impediu a cremação do corpo caso sejam necessárias outras análises.
Com a investigação, uma história do passado de Ana Julia veio à tona e levantou suspeitas de que a mulher pode também ter assassinado a filha, em 1996. A menina, na época com quatro anos, morreu ao cair da varanda do apartamento. As autoridades concluíram que tinha se tratado de um acidente. O caso foi agora reaberto.
Ciberia // ZAP