O Centro Aeroespacial da Alemanha inaugurou aquele que é definido como “o maior sol artificial do mundo”, um mecanismo semelhante a um favo de mel gigante com 149 holofotes que simula a radiação solar natural.
Este “sol artificial”, designado por Synlight, está sendo usado pelos cientistas do Centro Aeroespacial da Alemanha, DLR, para encontrar novas formas de produzir combustível amigo do ambiente.
A estrutura, que foi oficialmente inaugurada na terça-feira (23) situa-se em Juelich, a cerca de 30 quilômetros de Colônia, na Alemanha, e usa 149 lâmpadas de arco curto de xênon de alta performance para simular a radiação solar natural, revela o DLR no seu site.
Estes holofotes são normalmente usados nos cinemas e quando focados numa área de 20 por 20 centímetros, “com a matriz de 350 quilowatts do Synlight”, produz 10 mil vezes a intensidade da radiação solar na superfície da Terra, explica o Centro Aeroespacial alemão.
Este tipo de ambiente de calor brutal, com temperaturas de até 3 mil graus Celsius, pode ser usado para produzir combustíveis, nomeadamente hidrogênio, explicam os pesquisadores alemães.
O hidrogênio é considerado por muitos investigadores o combustível do futuro, uma vez que não emite emissões de carbono quando é queimado, mas, não sendo um fenômeno natural, requer uma quantidade enorme de eletricidade para ser produzido.
Os cientistas do DLR esperam ultrapassar esse problema com este “sol artificial”. Mas o objetivo final é acabar por conseguir usar a luz real do sol, em vez deste mecanismo que gasta “em quatro horas, tanta eletricidade como uma casa de quatro pessoas gastaria num ano”, adianta a revista Time.
“As energias renováveis vão ser o pilar da fonte de alimentação global do futuro“, diz Karsten Lemmer, membro do Comité Executivo para a Energia e o Transporte do DLR.
“Os propulsores e os combustíveis adquiridos usando energia solar oferecem imenso potencial para armazenamento de longo prazo, para produção de matérias-primas químicas e para a redução das emissões de dióxido de carbono”, acrescenta Lemmer.
A expectativa é que o Synlight dê uma grande ajuda nesta busca por novas formas de combustível mais amigas do ambiente.
// ZAP