As autoridades de Myanmar já solucionaram o mistério do “navio fantasma” encontrado, na semana passada, encalhado na região de Rangoon.
Um misterioso navio porta-contentores, sem qualquer tripulação ou carga a bordo, encalhou na costa de Myanmar, próximo ao município de Thongwa, na região de Rangoon, antiga capital do país.
A embarcação, com o nome de Sam Ratulangi PB 1600, foi vista pela primeira vez por pescadores, na terça-feira passada (28), a cerca de 11 quilômetros da vila de Thama Seitta.
Mas mistério do “navio fantasma” já foi resolvido. A marinha disse que a embarcação estava sendo puxada por um rebocador em direção a uma fábrica de demolição de navios no Bangladesh. Os tripulantes abandonaram o barco por causa do mau tempo.
Na quinta-feira (30), as autoridades e membros da Marinha subiram a bordo do navio porta-contentores em busca de pistas, depois de a embarcação chegar à praia. A polícia ficou perplexa com suas dimensões: 177 metros de comprimento, 28 metros de largura e um peso de 26,5 toneladas.
A localização da embarcação, construída em 2001, foi registrada pela última vez quando se encontrava na costa de Taiwan, em 2009. Segundo a agência France-Presse (AFP), esta foi a primeira vez que um navio abandonado foi encontrado nas águas de Myanmar.
A Marinha de Myanmar disse que suspeitou que o navio estivesse sendo rebocado depois de ter encontrado dois cabos. Em seguida, acabaram por encontrar o barco rebocador, chamado Independence, a cerca de 80 quilômetros da costa do país.
As autoridades interrogaram 13 tripulantes, de nacionalidade indonésia, descobrindo então que o rebocador puxava o navio desde 13 de agosto, com o objetivo de levá-lo a uma fábrica no Bangladesh, onde seria desmontado.
No entanto, alguns dos cabos que ligavam as duas embarcações acabaram por romper em uma tempestade, por isso, a tripulação decidiu abandonar o barco. As autoridades continuam a investigar o caso. De acordo com o site Eleven Myanmar, acredita-se que o dono do rebocador seja da Malásia.
Bangladesh tem uma grande indústria de demolição de navios. Centenas de embarcações comerciais antigas são desmontadas todos os anos em Chittagong. No entanto, este é um negócio polêmico, com acusações de ser um trabalho mal pago e perigoso para os funcionários.