Mari Malek é uma top model, DJ e atriz que vive em Nova York – e também uma refugiada do Sudão do Sul.
Ainda criança, ela conseguiu permissão para entrar nos Estados Unidos após 4 anos vivendo em um campo de refugiados no Egito. “Eu era a criança estranha: alta, negra, de onde ela veio? Quem é ela? Eu tinha dificuldade para me expressar porque eu não sabia falar inglês”, disse Mari Malek à BBC.
Depois de passar por uma série de dificuldades, tornou-se uma top model de sucesso, mas diz não ter esquecido de seu passado. “Eu queria poder ajudar todos eles, mas não posso. Ver crianças sofrendo assim parte meu coração”, diz Mari .
Mari criou uma ONG voltada à educação infantil no Sudão do Sul, a Stand for Education. Seu trabalho voluntário a levou às Nações Unidas e rendeu elogios do ex-presidente americano Barack Obama.
“De onde eu venho, Sudão do Sul, somos muito fortes e resilientes. Estamos em guerra há quatro décadas e continuamos resistindo, sobrevivendo, vivendo e fazendo coisas. Isso está no meu sangue”. Em meio a uma violenta guerra civil, o Sudão do Sul é o país todo o mundo de onde saíram mais refugiados em 2016.
No ano passado, o país se uniu à Síria, Afeganistão e Somália no grupo de países com mais de um milhão de refugiados. O número total de pessoas deslocadas alcança 1,8 milhão. Desde o início da guerra civil, em dezembro de 2013, mais de 1,17 milhão de pessoas buscaram refúgio em países vizinhos, especialmente em Uganda, Etiópia, Sudão e Quênia.
// BBC