Uma equipe científica internacional liderada por Philipp Heck, da Universidade de Chicago, chegou à conclusão de que a causa principal dos choques entre meteoritos e a Terra são as colisões de asteróides que ocorreram há centenas de milhões de anos.
Os investigadores crêem que as colisões de asteróides nos recantos mais remotos do universo produzem “escombros” que vão se dispersando e caindo em nosso planeta durante centenas de milhões de anos.
A maioria destes asteróides são os chamados “objetos próximos da Terra“, mais conhecidos por seu acrônimo em inglês, NEO, Near Earth Objects, que são feitos de pedra com incrustações de minerais e com pouca quantidade de ferro e de metais em geral.
Entretanto, os meteoritos encontrados na nossa Terra pertencem a outro tipo, caracterizado pela abundância em ferro em detrimento de outros metais. Mas por que são tão diferentes uns dos outros?
De acordo com os investigadores, em sua maioria, os meteoritos que caíram em nosso planeta não provêm de lugares “próximos”, mas são produto de choques que ocorreram há milhões de anos.
Estas colisões produzem fragmentos de pedra que navegam por nossa galáxia desde então. O principal problema é que só somos capazes de ver os restos destes corpos celestes quando eles já estão em proximidade perigosa da Terra, diz o artigo publicado na revista científica Nature Astronomy.
De acordo com Philipp Heck, estes meteoritos seriam provenientes de uma “sequência de colisões que começa com a ruptura de um asteróide ou um impacto que gera fragmentos e novos asteróides menores, que chocam de novo entre si e geram mais fragmentos”, criando um efeito em cadeia.
Os cientistas determinaram também que o fluxo de meteoritos muda com o tempo. Assim, quando se produz um grande número de pequenas colisões num espaço relativamente pequeno, há um aumento destes pequenos fragmentos, ou seja, a “densidade” de corpos celestes em uma determinada região do espaço pode aumentar.
No final, a investigação propõe prestar mais atenção aos grandes choques de asteróides para saber de onde podem provir os meteoritos potencialmente perigosos, em vez de monitorizar os objetos já existentes que têm trajetórias mais ou menos previsíveis.
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