Nove pessoas envolvidas no assassinato do turista italiano Roberto Bardella no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, já foram identificadas, segundo a Polícia Civil.
Entre eles está Claudio Augusto dos Santos, conhecido como Jiló e apontado como chefe do tráfico local, que saiu da prisão há cerca de 30 dias. O acusado tem passagens por tráfico de drogas, formação de quadrilha e roubo.
Dos identificados, seis tiveram os pedidos de prisão decretados, e um, menor de idade, teve o pedido de apreensão solicitado. Outros dois aguardam o pedido de prisão da Delegacia de Homicídios ser deferido pela Justiça.
Segundo o delegado Fábio Cardoso, titular da Delegacia de Homicídios do Rio, o responsável por efetuar os disparos que mataram o italiano Roberto Bardella foi o traficante Rômulo Pontes Pinho, de 22 anos.
Ele foi um dos reconhecidos pelo italiano Rino Polato, primo de Bardella e que estava com ele no momento do assassinato. Polato chegou a ser sequestrado pelos bandidos e libertado horas depois.
Os outros suspeitos, segundo a polícia, são Wagner Moreira Rodrigues da Silva, o Guinin, de 22 anos, Thiago de Oliveira, o TG dos Prazeres, de 29 anos, Marcos Vinicius Paulo de Oliveira, de 24 anos e Marcos Elias Candido Bezerra, de 20 anos.
O delegado trabalha com a suspeita de que os turistas foram confundidos com policiais militares, pois usavam roupas de motociclista, de cor escura, que lembra o uniforme da PM.
De acordo com o depoimento, que durou cerca 10h entre quinta e sexta-feira, ao serem avistados pelos traficantes, os italianos ouviram gritos de ‘Para!’, mas não entenderam o comando e os bandidos atiraram quatro vezes. Dois disparos acertaram a cabeça e o tórax de Bardella.
Polato esteve no IML na tarde desta sexta-feira para o reconhecimento do corpo do primo. O corpo de Bardella aguarda liberação das autoridades para seguir para a Itália.
O caso é o terceiro registro de assassinato de italianos no Brasil em menos de um mês. Um deles morreu em Fortaleza (CE), e outro em Morro de São Paulo (BA).
Roberto Donati, o oficial que trabalha no serviço de cooperação da polícia italiana no Brasil, acompanha as investigações e elogiou o trabalho da polícia.
Ele diz, no entanto, que, para a polícia italiana, identificar os suspeitos e decretar as prisões não põe um ponto final nas investigações, porque ninguém foi preso ainda.
O delegado fez um apelo à população que ajude a encontrar os foragidos e em caso de qualquer suspeita procure a DH, na Barra, ou entre em contato com o Disque-Denúncia.
// Agência BR