Os arqueólogos estudaram o conhecido castelo de Corvin na região romena de Transilvânia, onde Vlad III foi preso, e encontraram vestígios de várias estruturas desconhecidas.
O castelo de Corvin, também conhecido como Castelo de Hunyadi ou Castelo de Hunedoara, é um castelo gótico-renascentista em Hunedoara, na Romênia.
As fortificações de pedra mais antigas da estrutura datam do século XIV e sua transformação de fortaleza em castelo já estava em andamento no século XV, de acordo com a pesquisadora Isabel Morris, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Princeton.
No século XV, Vlad III, príncipe da Valáquia, foi preso no castelo de Corvin pelo governador húngaro John Hunyadi, que supervisionou a primeira expansão do castelo. Mais duas expansões foram feitas nos séculos XVII e XVIII.
A imagem de Vlad III está coberta por muitas lendas sobre a barbaridade com que tratava seus inimigos, ao ponto de ter se tornado difícil distinguir a verdade da mentira. Apesar de tudo, o castelo da família Corvin continua a chamar a atenção de cientistas e amadores de histórias sobre vampiros, que tentam encontrar vestígios do Drácula real.
Consequentemente, o edifício é uma miscelânea de construções de diferentes períodos. O castelo tem sido objeto de numerosas escavações.
No entanto, os mapas são inconsistentes e falta muito do registro arqueológico, o que representa um desafio para os arqueólogos que exploram o castelo hoje. Por esse motivo, Morris escolheu o radar de penetração no solo para realizar seu estudo.
A pesquisadora queria encontrar “quartos de tortura” e outras salas perdidas, ao estudar os alicerces do castelo de Vlad III. As ondas dos radares permitem penetrar a profundidade várias dezenas de metros.
A equipe não conseguiu encontrar tais salas, mas encontrou vestígios de uma construção dos tempos mais remotos, que teria funções administrativas. As conclusões foram apresentadas em 12 de dezembro na reunião anual da American Geophysical Union.
“Para fazer um bom trabalho com nossa reconstrução, precisamos saber onde todas essas peças estão”, disse a pesquisadora. “Identificamos um complexo administrativo construído durante o século XVII”. O radar também revelou lugares onde partes do castelo eram sustentadas por rochas e suportadas por estruturas construídas pelo homem.
Os quartos já reconstruídos nas profundezas do castelo incluem uma câmara de tortura – com um modelo de uma vítima amarrada e pendurada no teto –, mas não se sabe se a sombria câmara já abrigou o infame Vlad III.
Ciberia // ZAP