Mulher da Argentina teria alcançado a cura esterilizante sem ajuda de medicamentos ou tratamentos. Ela é apenas o segundo caso no mundo.
Cientistas afirmaram ter identificado um segundo caso de uma paciente cujo corpo parece ter se livrado do vírus HIV sem tratamento, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (15/11) no jornal Annals of internal Medicine.
A paciente é uma mulher de 31 anos que foi diagnosticada com o HIV em 2013. Ela não recebeu nenhum tratamento contra o HIV, apenas tomou antirretrovirais durante seis meses quando estava grávida, entre 2019 e 2020, para evitar uma transmissão do vírus para o bebê.
Testes não encontraram mais o vírus intacto no corpo da paciente, que é da cidade de Esperanza, na Argentina. Os testes identificaram, porém, fragmentos do vírus, o que indica que ela realmente esteve infectada.
Este é apenas o segundo caso de uma chamada cura esterilizante sem a ajuda de medicamentos ou de um transplante de células tronco. A outra é uma mulher californiana de 67 anos chamada Loreen Willenberg, conhecida como a paciente de São Francisco.
Há outros casos de pessoas que alcançaram níveis indetectáveis do vírus por anos, como o paciente de Berlim (Timothy Ray Brown) e o chamado paciente londrino (Adam Castillejo). Ambos, porém, receberam um transplante de células tronco. Eles foram mais tarde diagnosticados com câncer.
A cientista Xu Yu, do MIT, que liderou a pesquisa, observou que a cura esterilizante pode não ser alcançada de forma natural por outros pacientes. A paciente de Esperanza faz parte de um grupo chamado controladores de elite, que são pessoas capazes de reduzir o HIV a um nível muito baixo com o sistema imunológico, sem a ajuda de medicamentos.
Cientistas estão estudando essas pessoas, e ainda não está claro quantas pessoas infectadas conseguem controlar naturalmente o HIV apenas com seu sistema imunológico.