Após 22 anos de jejum, o Palmeiras conquistou hoje (27) o nono título brasileiro ao vencer a Chapecoense, por 1×0, em São Paulo.
22 anos: uma longa espera que finalmente terminou. Diante de um público recorde de 40.986 torcedores no Allianz Parque, o Palmeiras bateu a Chapecoense e conquistou seu nono título do Campeonato Brasileiro, uma conquista que não vinha desde 1994.
Jogando em casa, o alviverde poderia até perder o jogo que seria campeão já que o Santos, único que ainda tinha pequenas chances de título, perdeu para o Flamengo.
Mas os palmeirenses não deram chances para o azar. Aos 25 minutos do primeiro tempo, após cobrança de falta, Fabiano marcou o gol do título. Com a vitória, o time comandando pelo técnico Cuca chegou ao 23a triunfo na competição, o que mais venceu, e chegou aos 77 pontos a uma rodada do final.
Ao todo são oito empates e seis derrotas, sendo a equipe que menos perdeu. O apito final encerrou uma semana de expectativa para jogadores e torcedores palmeirense.
Foram mais de 20 rodadas como líder da competição até a conquista matemática hoje, que consagra o alviverde como maior de todos os campeões brasileiros, segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Com o eneacampeonato, o Alviverde se isolou ainda mais na liderança do ranking de troféus nacionais: além dos nove brasileiros (1960, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994 e 2016) são três Copas do Brasil (1998, 2012 e 2015) e uma Copa dos Campeões (2000).
Números da campanha
O título alviverde veio de forma incontestável: o Palmeiras foi ocupou a liderança do Brasileirão durante 28 das 37 rodadas, foi o melhor no primeiro turno (11 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, somando 36 pontos) e no segundo (12 vitórias, cinco empates e apenas uma derrota, somando 41 pontos).
Além disso, o Verdão tem 59 gols marcados (segundo melhor ataque) e apenas 31 sofridos (melhor defesa), garantindo assim o melhor saldo (28 gols). É a equipe que mais venceu (22 triunfos) e menos perdeu (6 derrotas). Tem ainda a melhor campanha como visitante (9 vitórias, 4 empates e 5 derrotas, somando 31 pontos), nenhuma expulsão e a melhor média de público, com mais de 32 mil pagantes por jogo.
O jogo decisivo
Um simples empate diante da Chape garantiria o título nacional, mas o Palmeiras não se acomodou com a situação e encarou a partida com muita seriedade desde o apito inicial.
Aos nove minutos, Gabriel Jesus passou pela marcação de três adversários e lançou Moisés na área, mas o meia foi travado por Alan Ruschel na hora do arremate. Os catarinenses responderam aos 15, quando Ruschel cruzou na área e Sérgio Manoel cabeceou para fora.
Mesmo jogando com um time alternativo, a Chape se mostrava um adversário duro e o jogo seguiu amarrado para as duas equipes.
Se com a bola rolando os ataques não fluíam, o Palmeiras resolveu usar uma de suas armas mais efetivas: a jogada ensaiada. Aos 26 minutos, em cobrança de falta pela direita, Dudu rolou para Zé Roberto, que mandou rasteiro para a entrada da área. Gabriel Jesus fez corta-luz, Moisés tocou de letra, e Fabiano mandou por cobertura. Um golaço!
O gol animou os palestrinos, que seguiram pressionando. Aos 29, Moisés armou contra-ataque e lançou Gabriel Jesus. O atacante conseguiu sair da marcação de Gimenez e finalizou rasteiro, mas a bola saiu raspando a trave esquerda.
No minuto seguinte, Fabiano fez bom passe para Jesus, mas Danilo afastou de soco. Na sobra, Dudu tentou por cobertura e a bola passou à direita do gol.
Aos 43, Jesus teve nova chance após receber lançamento de Moisés. O camisa 33 recebeu frente a frente com Danilo, mas o goleiro da Chape saiu da meta e fez grande defesa.
Mesmo após o intervalo, o jogo seguiu com domínio absoluto do Palmeiras. Logo aos três minutos, Moisés cobrou arremesso lateral na área, Vitor Hugo desviou, mas Filipe Machado afastou. Na sobra, Jean arriscou de longe e a bola passa à direita de Danilo.
Muito acionado na partida, Moisés fez ótimo lançamento para Róger Guedes aos sete minutos. O atacante dominou, mas bateu por cima do travessão.
Aos dez, Róger Guedes rolou para Dudu, que foi travado pela defesa da Chape. Na sobra, Tchê Tchê encheu o pé de fora da área, mas a bola foi pela linha de fundo.
Após um bom início na etapa final, o Palmeiras passou a controlar mais a partida, ficando com a bola no pé, enquanto a Chape corria atrás na marcação.
Com a partida controlada e a torcida fazendo a festa, Cuca resolveu gastar suas primeiras alterações: aos 30, o autor do gol Fabiano saiu ovacionado para a entrada de Gabriel, e aos 35, Tchê Tchê deixou o campo aplaudido para dar lugar a Thiago Santos.
O Verdão ainda teve a chance do segundo aos 40, quando Moisés recebeu de Dudu e arriscou da entrada da área, mas a bola passou à esquerda da meta.
A emoção tomou conta do estádio aos 44 minutos, quando Jailson deixou o gramado para ser aplaudido por companheiros de equipe e pela torcida alviverde. Fernando Prass, ídolo palmeirense, entrou em ser lugar para defender o gol palestrino nos minutos finais antes do grito de ENEACAMPEÃO BRASILEIRO 2016.
Escalação: Jailson (Fernando Prass); Fabiano (Gabriel), Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Tchê Tchê (Thiago Santos), Jean e Moisés; Dudu, Róger Guedes e Gabriel Jesus.
// Agência BR / D.C.Palmeiras