Não é sempre, ou quase nunca, que você espera encontrar um chá de fraldas dentro de um ônibus do transporte público. É preciso um motivo especial mesmo. Além do motorista, os passageiros devem apoiar a ideia. Empatia, amizade, no transporte público, numa manhã de quarta-feira?
O próprio Rodolfo Mattos custou a entender, mas logo tudo ficou claro. “Para meu espanto, afixaram um cartaz. Não se tratava de uma festa de aniversário, mas de um chá de fraldas. ‘Heloísa Vitória vem aí!’. Eu pensei: “deve ser parente de alguém, afinal, não havia gestante no ônibus”, escreveu ele no Facebook.
“No meio da avenida, o ônibus para! Não era para parar, se trata de um ônibus expresso. Começa de fato a comemoração quando entra, no meio da pista central, a gestante homenageada acompanhada de sua mãe e de sua filha. Gritos. Choros. Alegrias! Ovações!”, conta na postagem.
A gestante é uma jovem de 23 anos, aparentemente humilde, segundo Rodolfo. Ela vende café na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, e sempre que o ônibus passa por lá, ela acena para o pessoal. Um dia, um dos passageiros percebeu que ela estava grávida e resolveu propor aos colegas o chá de fraldas.
“Todos concordaram e organizaram essa surpresa para ela“, conta.
Ciberia // Razões para Acreditar