A estratégia apresentada nestaa sexta-feira (2) pelo Pentágono vai acabar definitivamente com a política de redução de armamento nuclear imposta por Barack Obama aquando da sua presidência.
Das linhas orientadoras da nova política nuclear do Pentágono, faz parte a criação de duas novas armas nucleares. A proposta apresentada nesta sexta representa o fim da tendência de redução de armamento que prevaleceu durante a presidência de Obama.
Jim Mattis, secretário da Defesa americana, descreveu a primeira atualização da política para as armas nucleares realizada desde 2010 como um reflexo da necessidade de “olhar de frente a realidade” e “ver o mundo como ele é e não como gostaríamos que fosse”, segundo o Washington Post.
Desde o primeiro minuto que Donald Trump considerou irrealista a política adotada pela administração anterior, referente ao que Barack Obama disse ser a “obrigação moral” dos EUA de encabeçar o processo mundial de desnuclearização.
“Durante a última década, enquanto os EUA encabeçaram estas reduções, cada um dos nosso potenciais adversários nucleares assumiram a estratégia oposta”, disse em coletiva de imprensa no Pentágono o secretário da Energia Dan Bouillete, defendo a medida adotada por Trump.
Posição semelhante foi assumida pelo general da Força Aérea Paul J. Selva, que afirmou à imprensa: “Ao longo dos últimos anos, a Rússia e a China têm vindo a construir novos tipos e gêneros de armas nucleares, tanto sistemas de lançamento como ogivas. Nós não o temos feito, o que significa que os arsenais nucleares russos e chineses têm na realidade ficado melhor do que o nosso”.
Na nova proposta do Pentágono, é incluída a criação de “armas nucleares de fraca energia” para serem colocadas em mísseis balísticos lançados de submarinos.
Os críticos da proposta afirmam, entre outros argumentos, que a ideia de uma arma nuclear de “baixa potência” só faz aumentar a tentação de utilizá-la.
Ciberia // ZAP