Se você está à procura de emprego, não coloque de lado a hipótese de fazer uma tatuagem. Um surpreendente estudo demonstrou que as tatuagens podem dar aos candidatos uma vantagem competitiva no mercado de trabalho.
Com certeza você já ouviu alguém dizer que as tatuagens podem atrapalhar alguém que se candidata a determinada vaga de emprego. No entanto, um estudo recente vem contrariar a suposição.
“Nossa pesquisa não encontrou, surpreendentemente, nenhuma evidência empírica de emprego ou descriminação salarial em pessoas com vários tipos de tatuagens, afirmam os pesquisadores da Escola de Negócios da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, e da Universidade da Austrália Ocidental.
“Na nossa amostra, os salários e os ganhos anuais de funcionários tatuados nos Estados Unidos são estatisticamente indistinguíveis dos salários e rendimentos anuais de empregados sem tatuagens. Além disso, descobrimos ainda que indivíduos tatuados têm igual probabilidade, e, em alguns casos, maior, de conseguir emprego“, acrescentam.
A pesquisa foi realizada com mais de 2 mil indivíduos norte-americanos. Os autores do estudo começaram a recolher dados durante o ano de 2016.
Michael French, professor de economia da saúde na Escola de Negócios da Universidade de Miami e autor principal do estudo, afirma que a pesquisa contraria estudos anteriores que indicavam que os responsáveis pelo recrutamento encaravam pessoas tatuadas como menos empregáveis do que pessoas sem tatuagens.
Para os autores desse estudo recente, isso pode ser explicado por uma mudança na percepção das tatuagens. “Os estigmas associados às tatuagens, e particularmente às visíveis, podem se desgastar, especialmente entre os indivíduos mais jovens que veem a arte corporal como uma forma natural e comum de expressão pessoal”, comenta French.
No entanto, apesar de as atitudes estarem mudando (ainda que lentamente), as opiniões de algumas pessoas ainda são antiquadas. Os preconceitos estão ainda muito enraizados no mundo corporativo, pelo que, visões tradicionais podem influenciar na hora de arranjar um emprego – a não ser que escolha um setor criativo.
Ainda assim, a pesquisa, publicada recentemente na Human Relations, prova que as mudanças estão finalmente acontecendo.
Ciberia // HypeScience / ZAP