Se a reintegração na sociedade e no mercado de trabalho de alguém que esteve encarcerado já é complicada por si só, imagina quando ela tem tatuagens que não gosta? Pensando nisso, o tatuador curitibano Matheus Sari, desde janeiro desenvolve um trabalho que consiste em refazer as tatuagens que não agradam mais as detentas em regime semiaberto.
Essas tatuagens, muitas vezes, são feitas em condições precárias, trazendo para essas mulheres não somente um perigo de contaminação, mas más lembranças, já que elas fazem muito mais para se sentirem inseridas na situação prisional do que por vontade própria.
Sari afirma que, enquanto os homens que saem da prisão costumam fazer um trabalho mais braçal que não exige tanta confiabilidade, na situação das mulheres isso é completamente diferente e, muitas vezes, elas não conseguem arrumar emprego por causa das tatuagens.
Seu trabalho é fundamental para que essas mulheres se sintam mais confiantes na busca por um emprego e foi inspirado no projeto polonês Freedom Tattoos. Ele diz que fazia tempo que queria fazer um trabalho voluntário e como não encontrou exatamente o que gostaria de fazer, resolveu criar!
O processo é bastante simples: basta que as mulheres, que estão em regime semiaberto, conversem com Ananda Chalegre, diretora do Escritório Social do Paraná, segundo órgão de apoio aos egressos do sistema prisional implementado no Brasil, e marcar o horário!
Ciberia // Razões para Acreditar