Aparentemente o exato oposto do Brasil no momento é a Nova Zelândia – ao menos na condução política da pandemia e da quarentena pelas mais altas lideranças políticas dos países.
Como se não bastasse o rigor científico exemplar com que a primeira-ministra Jacinda Ardern vem trabalhando para não só achatar a curva do contágio mas para extinguir o coronavírus do país – que a colocou em destaque internacional como a mais eficiente liderança no mundo contra a pandemia – agora Ardern veio à público anunciar que ela e outros governantes do país irão cortar em 20% seus salários para o enfrentamento da pandemia.
“Hoje posso confirmar que eu, ministros do governo e o alto escalão dos executivos do serviço público irão ter 20% de seus salários cortados pelos próximos seus meses, como sabemos que nossos concidadãos estão também tendo seus salários cortados ou perdendo empregos como resultado da pandemia global”, disse Ardern.
A primeira-ministra sabe que a ação é um tanto simbólica, mas trata-se de um gesto de liderança – e de uma entre tantas outras medidas tomadas pelo governo neozelandês.
Pois, para muito além do corte, o governo de Ardern já implantou pacotes de cerca de 23 bilhões de dólares – incluindo subsídios de 9 milhões de dólares para cerca de 1,5 milhões de pessoas.
A Nova Zelândia tem no momento 1386 casos confirmados da doença, com somente 9 mortes, mas desde antes da primeira morte acontecer o país instaurou uma quarentena rigorosa, testando ao máximo os casos suspeitos e mantendo, assim, as infecções controladas, a fim de conseguir erradicar o coronavírus do país – com ciência e trabalho, e não com crendices e delírios conspiratórios.
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