Vítima fazia parte de grupo infectado em novo surto registrado em Auckland no mês passado. Premiê Jacinda Ardern estende restrições relacionadas ao coronavírus até meados de setembro.
A Nova Zelândia registou a primeira morte provocada pelo novo coronavírus no país em mais de três meses, anunciou nesta sexta-feira (04/09) o Ministério da Saúde neozelandês. O país não registrava uma morte relacionada à covid-19 desde 24 de maio. A Nova Zelândia tem agora 23 mortes relacionadas ao novo coronavírus confirmadas.
“O homem na casa dos 50 [anos de idade] fazia parte do novo surto de covid-19 surgido em meados de agosto em Auckland e morreu hoje cedo no hospital Middlemore”, disse o Ministério da Saúde em comunicado.
Além disso, a Nova Zelândia diagnosticou cinco novas infecções nas últimas 24 horas, das quais três foram transmitidas localmente, e que elevaram para 1.413 o total de casos confirmados no país. Considerando os casos prováveis também contabilizados pelo governo – sem um resultado positivo de laboratório, mas que foram tratados como covid-19 devido ao histórico de exposição e a sintomas clínicos -, o total chega a 1.764.
“Eu reconheço a ansiedade que os neozelandeses podem estar sentindo em relação às notícias de hoje, tanto pela comunidade em geral como também pela família e parentes de luto por essa morte”, disse Ashley Bloomfield, o executivo-chefe do ministério. “Nossos pensamentos estão com sua família e comunidade neste momento de perda e luto.”
Um novo surto de infecções surgiu em Auckland no mês passado e pôs fim a 102 dias sem registro de novas infecções por coronavírus na Nova Zelândia.
A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, disse nesta sexta-feira que as restrições impostas na Nova Zelândia após o novo surto permanecerão em vigor pelo menos até 14 de setembro. O lockdown que havia sido decretado em 11 de agosto em Auckland foi afrouxado, mas a cidade permanecerá sob nível de alerta 2,5, e o restante do país ficará no nível 2, de um máximo de quatro, disse Ardern. O governo limitou as reuniões não escolares em Auckland a dez pessoas e tornou obrigatórias as máscaras no transporte público em todo o país.
Ardern justificou a decisão pelo fato de continuar não esclarecida a origem das infecções locais em Auckland, a maior cidade do país, com uma população de 1,7 milhão. Sabe-se apenas que o vírus voltou a entrar no país através da fronteira. “Todas as infeções vêm de um único caso”, disse Ardern.
Elogiada em todo o mundo pela gestão da pandemia, a Nova Zelândia decretou em março um dos confinamentos mais estritos do mundo, fechando as fronteiras quando tinha apenas 50 casos.
“A melhor resposta econômica continua sendo uma forte resposta de saúde. Se acertarmos, acabaremos com as restrições mais rapidamente e diminuiremos o risco de oscilações”, disse Ardern nesta sexta.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 868 mil mortes e contaminou mais de 26 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias AFP.
// DW