As autoridades quenianas anunciaram a decisão de retirar de circulação as moedas com imagens dos antigos chefes de Estado, substituindo-as por imagens de animais da sua fauna selvagem. Essa é uma tentativa de prevenir a “glorificação dos antigos líderes”.
As moedas e notas são espaço para homenagem e celebração de figuras importantes em praticamente todos os países do mundo. Muitas vezes, no lugar de um tributo a verdadeiros símbolos nacionais, homenageiam-se políticos.
Em uma tentativa de evitar a “glorificação dos antigos líderes”, o Quênia retirou das moedas do país os rostos dos presidentes, gravando no lugar figuras de animais selvagens.
Segundo o Jornal de Angola, a decisão, recentemente assumida pelo Presidente Uhuru Kenyatta, foi anunciada depois de aprovada pelo Parlamento e na sequência de uma emenda constitucional adotada em 2010, que estipula que as moedas nacionais não podem servir de veículo para a “glorificação individual de antigos líderes”.
Assim, de acordo com o banco central, a partir de janeiro, e em uma primeira fase, entrarão em circulação apenas as novas moedas, mas até final de 2020 também as notas terão obrigatoriamente que estar já no mercado, decorrendo ao mesmo tempo o processo de retirada das antigas que se estende até final de 2022.
A opção de colocar animais nas novas moedas tem também como objetivo destacar o fato de o Quênia estar numa fase de “renascimento” com a expressão do “respeito pelo meio ambiente”, informa ainda o banco central.
Kenyatta, atual presidente e filho do primeiro líder do Quênia, disse que o novo modelo representa uma “grande mudança” e mostra que a nação “percorreu um longo caminho”.
As novas moedas do Shilling queniano trazem então imagens da famosa fauna do país, com leões, elefantes, girafas e rinocerontes.
O Brasil também celebra a fauna do país nas notas do real.