A Microsoft e a ONG Mães da Sé anunciaram uma parceria que visa otimizar busca por pessoas desaparecidas no Brasil.
O acordo prevê a criação de um aplicativo que utiliza reconhecimento facial, desenvolvido pela Mult-Connect, para potencializar as buscas de desaparecidos e ser um aliado ao trabalho de procura das entidades públicas por meio de parcerias com delegacias, hospitais, prontos-socorros, albergues, entre outras instituições.
A ação faz parte do programa global da Microsoft AI For Humanitarian Action, que tem como objetivo fornecer tecnologia, recursos e experiência para capacitar pessoas para resolver questões humanitárias.
A plataforma utiliza os serviços cognitivos, inteligência artificial e armazenamento em nuvem do Azure, da Microsoft, para identificar uma pessoa em situação de suspeita de abandono por meio de reconhecimento facial.
Basta que o usuário faça uma foto da pessoa para que o app busque no banco de dados da ONG e mostre se as características são compatíveis com as de alguém que está desaparecido. Além disso, será possível buscar pessoas por características físicas (cor da pele, cabelo, olhos).
O projeto Mães da Sé existe há 23 anos e começou a partir da busca de Dona Ivanise por sua filha desaparecida na época. Desde então, ela tem se dedicado a ajudar famílias a encontrarem pessoas na mesma situação.
Com a tecnologia, o uso das imagens captadas por meio do aplicativo poderá ser orimizado via reconhecimento facial, o que potencializará o alcance. Desde sua fundação, em 1996, a ONG cadastrou mais de 10 mil pessoas em situação de desaparecimento e ajudou a encontrar 4.952 delas.
“A parceria entre Mães da Sé e Microsoft é um poderoso exemplo de como podemos aplicar a tecnologia para ajudar a resolver grandes desafios em nossa sociedade”, disse o presidente da Microsoft, Brad Smith, durante sua apresentação no evento Inteligência Artificial na Transformação Digital, no Ministério da Economia, em Brasília.
Lançado em julho de 2017, o programa AI for Humanitarian Action tem previsto o investimento de US$ 40 milhões em inteligência artificial para ajudar em esforços como desastres, recuperação, proteção de crianças, refugiados e pessoas deslocadas e promovendo o respeito pelos direitos humanos.
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