Um relatório da Henry Jackson Society apresentado nesta quarta-feira (5) alega que a Arábia Saudita é o principal promotor estrangeiro do extremismo islâmico no Reino Unido. De acordo com o grupo, há “clara ligação” entre as organizações islâmicas e as receitas de fundos estrangeiros.
O think tank – organização que produz conhecimento sobre assuntos estratégicos para influenciar transformações sociais, políticas, econômicas ou científicas – dos assuntos estrangeiros pediu um inquérito público sobre o papel da Arábia Saudita e de outras nações do Golfo no Reino Unido.
A embaixada da Arábia Saudita em Londres já se pronunciou dizendo que as afirmações são falsas, mas, enquanto isso, os ministros sofrem pressão para publicar o seu próprio relatório sobre os grupos islâmicos no Reino Unido.
O relatório sobre a existência e influência de organizações jihadistas que tinha sido pedido pelo então primeiro ministro David Cameron em 2015 ainda não foi publicado e restam agora dúvidas do que venha a ser.
Os críticos sugeriram que isso pode estar ligado a uma “desconfortável” leitura para o governo britânico, já que tem vínculos diplomáticos, de segurança e econômicos de longa data com a Arábia Saudita.
A BBC informa que o relatório estava “terminado e à mesa de Theresa May, que provavelmente teria tido alguma relutância em publicá-lo devido ao conteúdo embaraçoso”.
A Henry Jackson Society é um grupo de pesquisa de política externa que defende a divulgação da democracia liberal, do estado de direito e da economia de mercado.
O relatório apresentado pela empresa defende que várias nações do Golfo, como o Irã, fornecem apoio financeiro a mesquitas e instituições educacionais islâmicas que acolheram pregadores extremistas e foram ligadas à disseminação de material extremista.
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