Cristiano Ronaldo não nega que manteve relações sexuais com a norte-americana Kathryn Mayorga, na noite em que ela alega que o jogador a estuprou, mas assegura que não a forçou a fazer sexo anal e culpa outro homem pelas lesões que ela apresentou no exame feito no hospital.
Esses novos dados constam no processo movido pelo atual advogado de Kathryn Mayorga, contestando o acordo de confidencialidade que ela assinou, em troca do pagamento de 375 mil dólares.
O Jornal de Notícias consultou o documento e refere que Cristiano Ronaldo admite que teve relações sexuais com Kathryn Mayorga em um quarto de um hotel de Las Vegas, em junho de 2009. Mas o jogador teria negado tê-la forçado a fazer sexo anal, como ela alega.
Ronaldo teria argumentado que as lesões que a professora norte-americana apresentou, num exame efetuado no hospital, nos dias seguintes ao suposto estupro, foram causadas por “outra pessoa”, como refere o JN.
No processo apresentado por Kathryn Mayorga no dia 20 de setembro, alega-se que os advogados de Ronaldo a pressionaram a aceitar o dinheiro em troca de silêncio.
A defesa de Kathryn Mayorga refere que os advogados do atleta tinham “uma fonte policial confidencial” que teria assegurado que a polícia de Las Vegas encerraria “de bom grado” a investigação à denúncia de violação “se houvesse um acordo financeiro entre as partes”, como cita o JN.
No processo, o advogado de Kathryn Mayorga aponta que a defesa de Ronaldo recorreu a “atos maliciosos, opressivos, coercivos e fraudulentos“, concluindo assim que o acordo de confidencialidade deve ser considerado nulo.
Afinal, calcinhas não foram perdidas
Entretanto, a polícia de Las Vegas desmentiu o advogado de Kathryn Mayorga que tinha dito, em coletiva de imprensa, que as autoridades tinham perdido a roupa de baixo e o vestido usados pela mulher na noite da suposta violação, e que teriam sido anexados ao processo como provas, na queixa apresentada por ela em 2009.
Cristiano Ronaldo viajou para Portugal, depois de ter marcado pela Juventus, no jogo frente à Udinese, para manter uma “reunião secreta com advogados em Lisboa”, segundo reporta o Correio da Manhã. Um dado que indicia a importância do caso que põem os milhões do craque em risco.
Na Inglaterra, é dito que as autoridades americanas podem pedir a extradição de Cristiano Ronaldo para Portugal, para ser ouvido no âmbito da denúncia de estupro. A informação é divulgada pelo The Mirror, que cita o advogado espanhol Emilio Cortes.
“As regras da Europa e dos Estados Unidos são diferentes, pelo que as autoridades americanas podem pedir a extradição de Ronaldo, a menos que ele já esteja em Portugal”, afirmou o advogado ao jornal.
Pelas redes sociais, continua a discussão em torno do assunto, com posições favoráveis e contra Ronaldo. A mãe e a irmã do jogador, Dolores Aveiro e Kátia Aveiro, lançaram uma corrente de apoio ao atacante, apelando às pessoas para compartilharem uma imagem de Ronaldo vestido de Super-Homem com as hashtags #ronaldoestamoscontigoateaofim ou #justiçacr7.
Ciberia // ZAP