Saltar de paraquedas poderá se tornar, em breve, bastante mais acessível e econômico – graças à ajuda dos drones.
É habitual associar os drones a pequenas máquinas frágeis, com dimensões reduzidas e autonomias que mal dão para que os utilizadores se divirtam. Mas nem todos os drones se enquadram nesta classificação.
Entretanto, uma empresa da Letônia chamada Aerones é especializada na construção de drones para transporte de cargas com peso elevado. Por isso, a fim de demonstrar sua capacidade, a Aerones decidiu elevar um paraquedista a algumas centenas de metros no ar para realizar o primeiro salto de paraquedas de um humano a partir de um drone.
A proeza foi conseguida pelo skydiver letão Ingus Augstkalns, que foi elevado a uma altitude de 330 metros pelo superdrone de 3,2 metros com 16 motores, capaz de transportar cargas de até 200 quilos e com uma autonomia de 10 minutos.
“Claro que havia algum risco em fazer isto pela primeira vez, mas foi tão divertido!”, disse Augstkalns à agência de notícias AFP. “Foi como brincar no recreio quando era criança”.
Para o CEO da Aerones, Janis Putrams, que assumiu o controle remoto do drone, “agora já não precisamos de helicópteros para fazer skydive. Isto torna possível fazer saltos a partir de qualquer local – na cidade, no deserto ou na montanha”.
Este é mais um pequeno salto de paraquedas para um homem, mas um gigantesco passo na história do transporte de humanos em drones. No ano passado, a chinesa Ehang apresentou na CES o Ehang 184, o primeiro drone capaz de levar passageiros.
Embora haja aplicações óbvias para a abordagem, por exemplo, no salvamento de pessoas em locais que sejam inacessíveis a outro tipo de veículos ou aeronaves, não é difícil imaginar que podemos estar perante um novo meio de transporte – possivelmente com um modelo tipo Uber, mas em versão “Mary Poppins” pelo ar.
// ZAP