A sonda espacial Parker Solar Probe, da NASA, está mais perto do Sol do que qualquer outro dispositivo similar já conseguiu, estando previsto que nos próximos sete anos consiga chegar ainda mais perto.
A sonda espacial superou na segunda-feira (29) o recorde de 43 milhões de quilômetros estabelecido pelo Helios-2 em 1976 e vai continuar a se aproximar do Sol até voar pela coroa pela atmosfera exterior pela primeira vez, na próxima semana, passando a 24 milhões de quilômetros da superfície solar.
A Parker Solar Probe vai efetuar 24 aproximações ao Sol nos próximos sete anos, acabando por chegar a cerca de 6 milhões de quilômetros.
Lançada em agosto, a sonda espacial estabeleceu outro recorde na terça-feira (30): o recorde de velocidade do Helios-2 de 247 mil quilômetros por hora.
Segundo a NASA, a “Parker Solar Probe” vai chegar perto o suficiente do Sol para captar a variação da velocidade do vento solar e ver o ‘berço’ das partículas solares de maior energia.
Os cientistas querem entender como a energia e o calor circulam através da coroa solar (constituída por plasma, gás ionizado formado a altas temperaturas) e explorar o que acelera o vento solar e as partículas energéticas.
Pela primeira vez, a NASA deu a uma sonda o nome de uma pessoa que está viva, nesse caso o astrofísico norte-americano Eugene Parker, de 91 anos.
Parker é o ‘pai’ do conceito de vento solar que a sonda se propõe observar mais a fundo, ao ‘viajar’ até bem perto da coroa do Sol, a camada mais externa da atmosfera da estrela, mais quente do que sua superfície e de onde ‘saem’ partículas energéticas, sobretudo elétrons e prótons.
Com o tamanho de um pequeno carro, a “Parker Solar Probe” tem uma expectativa de vida de sete anos. Seu escudo térmico, feito à base de carbono, permite resistir a temperaturas superiores a mil graus Celsius na sua maior aproximação ao Sol.
Ciberia // ZAP