As características dessa supernova, que fica mais brilhante muito lentamente e também é uma das explosões que mais brilha em sua classe, são diferentes de qualquer outra estudada.
Um novo estudo descobriu uma estrela que está explodindo a 100 milhões de anos-luz de distância, esse achado ajudou a descobrir as origens do grupo de supernovas ao qual essa estrela pertence. A pesquisa foi publicada na revista científica Astrophysical Journal na quinta-feira (10).
“Este foi um evento verdadeiramente único e estranho, e nossa explicação para isso é igualmente interessante”, afirma em comunicado Eric Hsiao, da Universidade Estadual da Flórida e autor principal do artigo, que é assinado por 37 cientistas.
A supernova LSQ14fmg é da categoria tipo Ia. As supernovas desse grupo são cruciais para descobrir o que é conhecido como energia escura, nome dado à energia desconhecida que causa a atual expansão acelerada do Universo. Apesar disso, os astrônomos sabem pouco sobre as origens dessas supernovas, exceto que elas são as explosões termonucleares de estrelas anãs brancas.
Após coletar dados com telescópios no Chile e na Espanha, a equipe percebeu que a supernova estava explodindo dentro do que tinha sido uma estrela com ramificação gigante assintótica, a caminho de se tornar uma nebulosa planetária.
“Ver como a observação desse evento interessante concorda com a teoria é muito emocionante”, confessa Jing Lu, coautor do artigo.
Origens das supernovas
As estrelas têm um ciclo de vida e as supernovas são o fim dessa vida, a explosão de estrelas com baixa massa. As supernovas são tão poderosas que moldam a evolução das galáxias, e tão brilhantes que podem ser observadas da Terra até mesmo depois da parte observável do Universo.
A equipe de Hsiao teoriza que a explosão da LSQ14fmg foi desencadeada pela fusão do núcleo da estrela com ramificação gigante assintótica e outra estrela anã branca orbitando dentro dela. Logo após a explosão da supernova, ela impactou um anel de material frequentemente visto em nebulosas planetárias e produziu a luz extra e o brilho lento, que foi observado pelos cientistas.
Hsiao ressalta a importância da descoberta: “[…] é um passo importante na compreensão das origens das supernovas tipo Ia […]. Essas supernovas podem ser particularmente problemáticas porque podem se misturar na amostra de supernovas normais usadas para estudar a energia escura. Esta pesquisa nos dá uma melhor compreensão das possíveis origens das supernovas tipo Ia e vai ajudar a melhorar as pesquisas futuras sobre energia escura”.
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