Os cientistas descobriram uma enorme “mancha morta” no oceano perto da costa sudeste dos EUA, cujo tamanho é comparável com o do País de Gales ou Israel. Trata-se de zonas marítimas com baixo teor de oxigênio, que se formam por causa da contaminação da água por fertilizantes e detritos.
Quando os nitratos e outros produtos químicos chegam aos rios e, em seguida, aos mares, isso resulta em reprodução rápida de algas unicelulares. Quando começam a se decompor, o nível de oxigênio na água cai e a maioria dos animais não consegue sobreviver nessas condições.
Nos últimos anos, os oceanólogos encontram mais e mais evidências de que o aquecimento global acelera o surgimento de “zonas mortas”, especialmente nas proximidades da linha do Equador. Hoje, estas zonas já representam aproximadamente 7% dos oceanos.
De acordo com um artigo publicado pela pesquisadora da Universidade da Louisiana, Nancy Rabalais, a maior dessas zonas se encontra ao norte do golfo do México, perto da costa do Texas e do Louisiana.
Em particular, Nancy Rabalais e seus colegas descobriram que o tamanho dessa “mancha morta” triplicou nos últimos anos e agora cobre uma a área comparável com um pequeno país. Ela é a segunda maior do mundo, a seguir ao fundo do mar Arábico.
Em comparação com outras zonas semelhantes, causadas pelo aquecimento global, esta é diretamente causada pela ação humana.
Segundo avisam os cientistas, o rápido crescimento dessa “mancha” prova que as pessoas usam mais e mais fertilizantes e produtos químicos. Se a tendência continuar no futuro, as fronteiras desta “zona da morte” crescerão ainda mais.
Ciberia // Sputnik News / LSU