Expectativa foi informada à Rádio ONU por especialista do ONU-Habitat no Brasil; Conferência das Nações Unidas sobre Urbanização e Desenvolvimento Urbano Sustentável, Habitat III, começa nesta segunda-feira, em Quito, no Equador.
Mais de 90% da população brasileira devem viver em cidades no ano de 2030. Este também é o prazo para realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs.
A informação foi dada à Rádio ONU pela encarregada nacional do Programa da ONU para os Assentamentos Humanos, ONU-Habitat, no Brasil, Rayne Ferretti.
América Latina
“O Brasil está no continente mais urbanizado do mundo, que é a América Latina, e ele é o país mais urbanizado da região. De acordo com o último censo do Ibge de 2010, 84,4% da população brasileira é urbana. A previsão é para que em 2030 seja 91,1% da população brasileira e que em 2050, a América Latina seja 86% urbana”, disse Rayne Ferretti.
A especialista falou com a Rádio ONU, do Rio de Janeiro, antes do início da Conferência das Nações Unidas sobre Urbanização e Desenvolvimento Urbano Sustentável, Habitat III, que começa nesta segunda-feira, em Quito, no Equador.
Desafios
Segundo Rayne Ferretti, a urbanização é vista como “uma oportunidade” e “um motor para o desenvolvimento”, mas desafios ainda persistem.
Na região, ela citou desafios econômicos, “expansão desordenada”, “segregação sócio-econômica”, ambientais, além de questões relacionadas à saúde, segurança e efeitos da mudança climática.
Desigualdade
“São vários desafios que a gente vê não só no Brasil, como na nossa região. E a gente identifica algumas necessidades muito especiais para as cidades latino-americanas e caribenhas. A gente fala muito dos três Rs, do redesenvolvimento urbano, que seria regeneração, renovação e a reabilitação das nossas cidades. Trabalhar na inclusão e redução de desigualdades. A América Latina é ao mesmo tempo o continente mais urbanizado do mundo, é também o continente mais desigual do mundo e a gente não pode fechar os olhos para isso”.
Ferretti citou ainda que as cidades latino-americanas são “muito construídas, com pouco espaço”, diferente se como se vê ainda na África e na Ásia.
A Rádio ONU vai acompanhar a conferência com a repórter Laura Gelbert a partir desta segunda-feira em Quito.
// Rádio ONU