Mais de 321 mil pessoas morreram em seis anos de conflito na Síria, segundo os números divulgados nesta segunda-feira pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). A guerra civil começou em 15 de março de 2011 e na quarta completa seis anos.
Dos pelo menos 321.358 mortos contabilizados pela ONG, 96.073 são civis e, entre estes, 17.411 são menores e 10.847 mulheres.
No lado dos opositores ao governo de Damasco, pelo menos 52.333 combatentes de facções rebeldes e islâmicas, assim como das Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada pelas milícias curdas, morreram nestes seis anos, além de 2.603 desertores.
Também morreram 55.875 milicianos de grupos radicais como a antiga Frente al Nusra (ex-braço sírio da Al Qaeda), Estado Islâmico e organizações como a Jund al Aqsa, o Partido Islâmico do Turquestão e a Jund al Sham.
Já entre as forças leais ao presidente sírio Bashar al Assad, houve um total de 114.474 baixas: 60.901 soldados das tropas regulares, 45.290 milicianos pró-governo sírios, 1.421 integrantes do grupo xiita libanês Hezbollah e 6.862 combatentes xiitas de outras nacionalidades.
Além disso, o OSDH ressaltou que pelo menos 2 milhões de pessoas ficaram feridas nestes seis anos de disputa, que originaram 12 milhões de refugiados e deslocados internos.
A ONG não descartou que o número de mortos seja superior em pelo menos 85 mil pessoas e advertiu que não incluiu em seus números os 45 mil civis falecidos por torturas em prisões e centros de detenção das forças governamentais.
Este saldo de vítimas mortais também não recolhe os 5.200 civis e rebeldes sequestrados pelo EI, nem os 4.700 prisioneiros e desaparecidos das forças governamentais sírias, nem os 2 mil reféns em mãos de grupos insurgentes e islâmicos.
// EFE