O tiranossauro, um dos predadores mais temidos da história, não poderia correr em alta velocidade sem que suas pernas quebrassem por causa do seu próprio peso, afirma um estudo da Universidade de Manchester.
A descoberta quebra o imaginário construído por filmes de Hollywood em que o predador persegue pessoas e carros em alta velocidade. Na verdade, os cientistas afirmam, o método de caça do tiranossauro consistia em emboscadas ou longas — mas lentas — corridas com outros dinossauros.
Estudos anteriores já apontaram que o dinossauro poderia atingir até 72 km/h, mas o número causava controvérsia.
Agora, cientistas da Universidade de Manchester criaram um modelo anatômico de um tiranossauro de 7 toneladas em computador e testaram o impacto em seu esqueleto provocado por uma locomoção em diferentes velocidades.
Eles descobriram que o esqueleto poderia suportar uma corrida — definida como ter os dois pés fora do chão ao mesmo tempo — mas que tal causaria a quebra dos seus ossos. A pesquisa foi publicada esta quarta-feira (18) na revista científica PeerJ.
“A capacidade de corrida dos tiranossauros e outros dinossauros gigantes tem sido debatida entre os paleontologistas por décadas”, disse o professor William Sellers, pesquisador da Universidade de Manchester e autor principal da pesquisa, ao site da universidade
“Nosso modelo biomecânico computorizado mostra que se um tiranossauro tivesse tentado correr, os ossos de suas pernas se dobrariam sob seu próprio peso”, acrescenta Sellers.
Os pesquisadores afirmam que, na verdade, a velocidade máxima do temido predador seria algo em torno de 27 km/h. Para efeito de comparação, o mítico velocista jamaicano Usain Bolt já atingiu a velocidade de 43 km/h.
Ciberia // Sputnik News / The Manchester University