Um tribunal de Los Angeles condenou nesta segunda-feira (21) a Johnson & Johnson a pagar um valor recorde de 417 milhões de dólares (cerca de R$ 1,3 bilhões) a uma mulher que afirmou ter desenvolvido câncer nos ovários após usar o pó de talco da empresa.
A mulher, que está hospitalizada, interpôs uma ação judicial contra a companhia norte-americana, alegando que o pó de talco para bebês que comercializa provoca câncer nos ovários, quando usado regularmente na higiene feminina.
O veredicto do tribunal, no processo movido pela californiana Eva Echeverria, estabeleceu a maior quantia alguma vez concedida em uma série de processos judiciais contra a Johnson & Johnson por causa do pó de talco, em tribunais dos Estados Unidos.
Echeverria alegou que a Johnson & Johnson não alertou convenientemente os consumidores quanto ao risco de desenvolverem câncer por causa dos produtos à base de talco.
A mulher usou o pó de talco para bebê da companhia diariamente desde 1950 até 2016 e foi diagnosticada com câncer dos ovários em 2007, de acordo com o processo.
A porta-voz da Johnson & Johnson, Carol Goodrich, disse em comunicado que a empresa irá recorrer da decisão do júri, acrescentando que a evidência científica mostra a segurança do pó de talco para bebês da Johnson.
O veredicto surge depois de um tribunal no Missouri ter condenado a empresa ao pagamento de 110,5 milhões de dólares a uma mulher da Virgínia a quem foi diagnosticado câncer nos ovários em 2012.
Além desse caso, três outros tribunais de St. Louis aplicaram sentenças semelhantes no ano passado, com os júris ordenando o pagamento de indenizações nos valores de 72 milhões, 70,1 milhões e 55 milhões, totalizando 307,6 milhões de dólares.
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