Antes de dar vazão a seu alter ego e assumir a figura da drag queen Gloria Groove, Daniel Garcia precisou romper com o passado. O integrante da última formação do grupo infantil “Turma do Balão Mágico” abandonou a igreja para seguir seu rumo.
Depois do Balão Mágico, Daniel migrou para a TV Record. Lá, fez uma novela e começou a frequentar a igreja Renascer em Cristo. O caminho religioso estava sedimentado, músicas e CDs lançados completavam o percurso para se tornar pastor.
Mas uma coisa parecia incomodar o jovem. Daniel não conseguia mais deixar de lado o ímpeto de dar vazão para a expressão artística da drag queen Gloria Groove.
Não teve como: foi necessário se afastar da vida religiosa para que Gloria pudesse existir em sua plenitude. Por sinal, a drag queen foi criada quando Daniel tinha 7 anos de idade. Ela apareceu pela primeira vez no programa Domingo Legal, do SBT, que buscava justamente crianças para integrarem a nova formação do Balão Mágico.
“Estava na fase de descoberta, de entender o que estava sentindo, se era gay ou não e me afastei naturalmente da igreja. Minha mãe sempre me entendeu. Por ela trabalhar no ‘mundo’ como backing vocal do Raça Negra, ela não era vista como a melhor das crentes. E isso despertava o recalque das irmãs, porque a bispa a amava”, disse em entrevista ao Notícias da TV, do UOL.
Bem resolvido, Daniel se dedica agora exclusivamente ao trabalho com Gloria Groove, que já tem tido relativo sucesso. O funk “Bumbum de Ouro” figura nas paradas das principais rádios do Brasil.
“A verdade é que eu acredito que a Gloria seja a estampa e a marca do meu alter ego musical. Mas o Daniel Garcia como ator, dublador e intérprete sempre vai existir paralelamente. Não nego que tenho vontade de voltar a atuar”, concluiu.
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