A Câmara dos Deputados decidiu cassar, nesta quarta-feira (22), o mandato do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), de 86 anos. A decisão da Mesa Diretora foi unânime.
De acordo com o portal de notícias da Globo, Paulo Maluf, que está preso desde dezembro, foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro, em maio de 2017.
O Ministério Público Federal o acusou de usar contas no exterior para lavar recursos desviados da Prefeitura de São Paulo quando foi prefeito, entre 1993 e 1996.
Maluf cumpre pena de 7 anos e 9 meses de reclusão em casa, em São Paulo, após condenação por desvios em obras quando foi prefeito da capital paulista.
Ele chegou a ser preso por três meses em regime fechado, em Brasília, mas teve direito a regime domiciliar concedido pelo plenário do Supremo Tribunal Federal em maio.
No mês de maio, Paulo Salim Maluf foi novamente condenado, por unanimidade, pela Primeira Turma do STF por falsidade ideológica com fins eleitorais devido a fraudes na prestação de contas de sua campanha eleitoral de 2010.
A pena é de 2 anos e 9 meses de prisão em regime semiaberto, convertido para domiciliar.
Ciberia // G1 / Agência Brasil
A novela MALUF começa possivelmente antes mesmo de ter sido prefeito de S. Paulo. Deus deve ter-lhe concedido a oportunidade de poder meter a mão na caixa do dinheiro público, e aproveitou essa graça ao extremo. Até que, ironia das ironias, foi condenado em 1998 nos Estados Unidos pelos roubos cometidos no seu país. Enfim, não directamente, mas por não conseguir justificar a origem dos 22 milhões de dollars depositados num banco americano. Em iguais circunstâncias, segui-se Jersey (Inglaterra), que devolveu ao estado Brasileiro o dinheiro encontrado nas suas contas. Seguiu-se a França em 2003 quando este heroi tentava levantar a bagatela de 1,7 milhões do seu suado dinheirinho no Credit Agricole dos Campos Elisios.
Sete anos depois, em 2010, decidiu a justiça suissa, devolver mais uns trocos na ordem dos 13 milhões de dollars ao estado brasileiro. Em 2014 os alemães do Deutsch Bank vendo o fogo aproximar-se e não querendo ser chamuscados, fizeram um pacto com o Ministério Público de S. Paulo, e em 2014 devolveram ao estado brasileiro o equivalente a cerca de 6,2 milhões de euros. Enquanto tudo isto se desenrolava, Maluf (entretanto na lista de foras da lei da Interpol) jurava que não tinha um centavo em qualquer conta no exterior. Talvez os promotores brasileiro tenham acreditado no seu ar de bom mocinho (tenho observado que é bom actor), ou quiçá haverão outras razões, mas não deixa de ser estranho que quase não tenha feito contas com a justiça, que o tenham deixado voltar para a politica, e que só agora os seus pares o tenham chutado da Câmara. Mas como são insondáveis os mistérios da politica brasileira…por aqui me fico.