A Polícia Federal (PF) pediu o indiciamento do presidente Michel Temer (MDB) no inquérito dos Portos. O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, mandou para a Procuradoria Geral da República (PGR) se manifestar sobre a denúncia.
Além de Temer, estão indiciados: Rodrigo Rocha Loures, Antônio Celso Grecco, dono da Rodrimar; Ricardo Conrado Mesquita, ex-presidente da Rodrimar; Gonçalo Borges Torrealba, dono do Grupo Libra; João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo de Temer; Maria Rita Fratezi, arquiteta de Maristela Temer, filha de Temer; a própria Maristela; Carlos Alberto Costa; Carlos Alberto Costa Filho e Almir Martins Ferreira.
A PF pediu, ainda, a prisão preventiva e o bloqueio de bens do coronel Lima e também de Carlos Alberto Costa (sócio de coronel Lima), da arquiteta Maria Rita Fratezi e Almir Martins Ferreira (contador da construtora Argeplan, empresa do coronel e amigo de Temer).
O relatório final foi entregue pela Polícia Federal (PF) ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, de acordo com informações de Patrícia Falcoski, no G1. Durante o processo, o ministro prorrogou a conclusão do inquérito por quatro vezes.
O inquérito dos Portos foi aberto pelo STF, a pedido do então procurador, Rodrigo Janot, depois da delação de executivos do Grupo J&F, que denunciaram pagamentos de propina a agentes políticos, entre eles Michel Temer e o ex-assessor dele, Rodrigo Rocha Loures.
A delegado Cleyber Malta Lopes apura, desde 2017, se companhias do setor portuário pagaram propina em troca de um decreto presidencial que as favorecesse. Temer nega que o decreto tivesse essa finalidade. Empresas alvo do inquérito também afirmam inocência.
A PF investigou, ainda, uma reforma efetuada na casa da filha do emedebista, Maristela Temer. O imóvel passou por obras entre 2013 e 2015 e a suspeita da PF é de que pelo menos R$ 1 milhão tenha vindo de desvios do setor portuário.
Ciberia // Revista Fórum