A Malásia devolveu 150 contêineres de lixo ilegal para seus países de origem. Entre eles estão os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e o Canadá, anunciaram as autoridades nesta segunda-feira (20).
Segundo a ministra do Meio-Ambiente da Malásia, Yeo Bee Yin, o país não quer se transformar no “lixão” do Ocidente. Os países da região têm dificuldade de gerenciar a chegada massiva dos dejetos desde 2018.
Na época, a China decidiu interromper a importação do plástico destinado à indústria da reciclagem, obrigando os países desenvolvidos a encontrar uma nova maneira de evacuar o plástico e outros materiais. A Malásia tornou-se, então, o maior receptor. O fluxo estimado é de 7 milhões de toneladas de lixo por ano.
O Ministério “continuará lutando contra a poluição, especialmente contra o lixo plástico”, declarou a ministra à imprensa na cidade de Butterworth, que abriga um importante porto no norte do país.
A maior parte do lixo é reciclada, mas o plástico ilegal recebido inclui materiais tóxicos liberados na atmosfera, que também acabam poluindo os aterros sanitários.
Reciclagem
A capacidade de reciclagem da Malásia é bem inferior à chegada do lixo, e algumas localidades estão atoladas de dejetos. Os países exportadores e as companhias marítimas assumiram o custo do retorno dos contêineres, segundo a ministra malaia.
“Não queremos pagar um centavo. As pessoas mandam o lixo para cá, mas não temos que pagar para mandar de volta”, reiterou. No ano passado, as Filipinas enviaram, para o Canadá, uma carga contendo 60 cointêneres, depois de um longo conflito.
Segundo a Malásia, 3.737 toneladas de lixo foram devolvidos. A França receberá de volta 43 contêineres, o Reino Unido 42, os Estados Unidos 17 e o Canadá 11. O país pretende devolver em breve outros 110 contêineres – 60 deles para os Estados Unidos, acrescentou a ministra.
// RFI