De acordo com a União Wicca do Brasil (UWB), há cerca de 300 mil bruxos e bruxas no país. O Rio de Janeiro é o estado campeão em número de praticantes, somando 40 mil adeptos de diferentes vertentes, enquanto São Paulo conquistou outros 20 mil bruxos.
Os dados foram informados à reportagem do jornal O Globo, em outubro de 2018, mas não possuem caráter definitivo. Isso porque a UWB não se trata de uma organização oficial, mas de uma associação sem fins lucrativos formada por sacerdotes, sacerdotisas e seguidores de várias tradições pagãs.
Em 2004 um grupo de adeptos da religião se uniu para conscientizar as pessoas sobre a Wicca e o Paganismo no Brasil. Desde então, a organização busca promover o debate, combater a intolerância religiosa e acabar com mitos relacionados a religiões pagãs.
“A UWB – União Wicca do Brasil não tem a pretensão de ser um órgão regulamentador da religião Wicca ou da religiões e religiosidades de matrizes pagãs, principalmente devido à diversidade de tradições que hoje temos dentro da Arte e do Paganismo”, explicam através do Facebook.
Não há números oficiais para estimar a quantidade de bruxos existentes no país. Entretanto, o Censo de 2010 aponta a existência de 74.013 adeptos de “tradições esotéricas” no Brasil, além de 11.306 pessoas que professam “outras religiosidades”, bem como um total de mais de 640 mil pessoas que consideram uma religiosidade “não determinada e múltiplo pertencimento”. É provável que os adeptos de wicca estejam inseridos nestes números.
Embora ainda exista preconceito em torno da bruxaria, a wicca trata-se de uma forma antiga de culto à natureza e aos ciclos da vida. É comum que os wiccanos realizem oferendas de flores e frutas às divindades que cultuam. Tudo deve vir da natureza, seguindo os preceitos da prática.
Considerada uma religião pagã, alguns de seus seguidores argumentam que seja a prática religiosa mais antiga do mundo. Apesar disso, a wicca teria se tornado mais amplamente conhecida a partir dos anos 1950, graças a Gerald Gardner.
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