O inverno russo já foi apelidado de General Inverno. Com temperaturas tão rígidas que ajudaram a derrotar Napoleão e Hitler, a época mais fria dura cerca de quatro meses e registra historicamente em Moscou temperaturas máximas diárias abaixo de 1°C, segundo o Wheater Spark.
Esta temporada, no entanto, a paisagem da capital russa mudou. Em dezembro de 2019, a cidade registrou a temperatura mais alta para o mês nos últimos 133 anos: 5,6°C.
Com pouca neve, algo incomum para a época do ano, a Prefeitura de Moscou despejou neve artificial na avenida Tverskaya, uma das principais da cidade, e na Praça Vermelha para a celebração do ano novo. De acordo com o G1, a neve usada havia sido formada com o gelo de algumas das pistas de patinação da região.
Este também é o primeiro inverno sem neve mensurável já registrado em Helsinki, na Finlândia. Dados do Instituto Meteorológico finlandês citados pelo italiano Meteo Giornale indicam que, pela primeira vez na história, as temperaturas de janeiro na cidade foram consistentemente acima de 0°C.
Isso não quer dizer que não tenha nevado em nenhum momento. De fato, houve neve durante alguns dias, mas com baixíssimo acúmulo, o que nunca havia ocorrido antes, como mostra um gráfico publicado no Twitter pelo pesquisador em metereologia finlandesa Mika Rantanen.
Consequência do aquecimento global
Embora algumas pessoas ainda acreditem que o aquecimento global “não passa de uma trama marxista“, os resultados da emergência climática já são catastróficos. A maior colônia de pinguins do mundo viu sua população ser reduzida em 88%, geleiras e ilhas estão desaparecendo e as ondas estão cada vez maiores.
Não adianta cruzar os braços tomar uma cerveja para esquecer do problema: a gelada também pode desaparecer da face da terra nos próximos anos.
// Hypeness