Durante os anos 70, pesquisadores propuseram a teoria de que o interior do planeta se agita lentamente como uma bolha de lava.
Estas bolhas flutuantes surgem como plumas do manto derretido do centro da Terra, onde rochas são tão quentes que se movem como um líquido, descreve publicação do portal Newsweek.
De acordo com esta teoria, conforme estas plumas se aproximam da superfície, começam a se derreter. Este processo levaria a erupções vulcânicas, contudo a existência destas plumas não foi comprovada até então e geólogos descartaram a ideia.
Um novo estudo, publicado na sexta-feira (29), afirma, finalmente, apresentar a evidência em questão. Resultados demonstram que a Nova Zelândia se encontra em cima dos restos de uma bolha de lava.
Há 120 milhões de anos, durante o período Cretáceo, vastas erupções vulcânicas debaixo do oceano criaram um platô subaquático do tamanho da atual Índia. Ao longo do tempo, esta estrutura foi rompida pelos movimentos das placas tectônicas. Hoje, um de seus fragmentos se encontra sob a Nova Zelândia e forma o platô de Hikurangi.
Uma análise sobre a atividade das vibrações de terremotos profundos da área revelou informação crucial sobre como as rochas do manto foram esticadas ou espremidas. Este desenvolvimento ocorreu graças a grandes forças presentes no interior da Terra, confirmando a existência desta teoria.
Esta atividade teria sido responsável por fortes mudanças climáticas, assim como uma extinção em massa que alterou a direção da evolução da vida no planeta.
A Nova Zelândia, além de ilhas dispersas no sul do Pacífico, se situa em meio ao que anteriormente foi uma das forças geológicas mais fortes a jogar lava do núcleo da Terra.
Atualmente, pesquisadores ainda não sabem precisamente se este processo ainda ocorre, mas novas técnicas de detecção sísmica podem auxiliar em descobertas futuras.
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