Empresa californiana obteve autorização da cidade-Estado para usar sua carne de frango produzida a partir de cultura celular em chicken nuggets e garante que preço será competitivo.
Cingapura é o primeiro país do mundo a aprovar a venda de carne produzida em laboratório, ou seja, sem o abate de animais.
A empresa americana Eat Just, de São Francisco, comunicou nesta quarta-feira que, após receber autorização, sua carne de frango produzida a partir de cultura celular poderá ser usada como ingrediente em chicken nuggets (aperitivos de frango empanados).
As células para o produto da Eat Just são cultivadas num biorreator e depois combinadas com ingredientes à base de plantas. Segundo a empresa, as células usadas para iniciar o processo provêm de um banco de células e não exigiram abate, tendo sido retiradas de biópsias de animais vivos. Os nutrientes fornecidos para as células cultivadas são todos provenientes de plantas.
Os chicken nuggets da Eat Just serão inicialmente vendidos num restaurante refinado da cidade-Estado, afirmou a empresa, que acrescentou que outros produtos estão sendo desenvolvidos, como peito de frango.
A Eat Just afirmou que se trata de uma revolução para a indústria mundial de alimentos e manifestou confiança de que outros países seguirão o exemplo.
O consumo de carne é cada vez mais alvo de críticas em países desenvolvidos por causa das altas taxas de emissões de gases do efeito estufa, seja metano produzido pelos animais, seja na destruição de florestas, associadas à pecuária.
Assim, a demanda por alternativas à carne está crescendo nos países desenvolvidos.
Em todo o mundo, porém, estima-se que o consumo de carne vá aumentar 70% até 2050, afirmou a Eat Just.
A empresa californiana também afastou temores de que a carne produzida em laboratório seja muito cara e afirmou que o preço final dos chicken nuggets com carne de laboratório será equivalente ao dos feitos com carne de frango “premium” e que a tendência para os próximos anos é de que ele fiquei abaixo do preço da carne convencional.
Ciberia // Deutsche Welle