Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem se concentrado em visitar Wuhan em busca da compreensão das origens do coronavírus. Nesta quarta-feira (3), inspetores da organização visitaram o Instituto de Virologia de Wuhan, que autoridades americanas sugeriram que poderia ter sido a fonte do vírus.
O instituto, que realiza pesquisas sobre as doenças mais perigosas do mundo, será uma das paradas mais observadas na investigação da equipe sobre as origens dessa pandemia. No entanto, ainda está incerto o que os especialistas esperam encontrar depois de tanto tempo desde que o coronavírus começou a infectar os seres humanos.
Peter Daszak, um dos integrantes da equipe da OMS nessa missão, chegou a afirmar que a equipe estava “ansiosa por um dia muito produtivo e por fazer todas as perguntas que sabemos que precisam ser feitas” à agência de notícias Agence France-Presse.
Muitos cientistas defendem que a COVID-19 se originou em morcegos e foi transmitida aos seres humanos por meio de outro mamífero, mas por enquanto não há uma resposta concreta para isso. Além disso, no início da pandemia, especulou-se muito que o vírus poderia ter vazado acidentalmente do laboratório de biossegurança em Wuhan, mas não teve nenhuma evidência para essa teoria.
A emissora estatal chinesa CGTN disse que a equipe da OMS “visitará o laboratório nacional de biossegurança e conversará com especialistas do instituto sobre seu trabalho diário, cooperação científica internacional, esforços anti-epidêmicos e contribuição”.
Em 28 de janeiro, pesquisadores da Organização Mundial de Saúde finalizaram o período de quarentena na China para finalmente dar início às investigações de campo para descobrir a origem da doença.
Uma das primeiras visitas aconteceu no último domingo (31), no mercado de frutos do mar Huanan Seafood Market, que está conectado aos primeiros casos de contaminação pelo coronavírus.
O planejamento dessa visita rumo às origens da COVID-19 vem sendo idealizado desde julho do ano passado e irá estudar registros médicos de pacientes em hospitais, testar amostras de doações de sangue e de esgoto.
A equipe, formada por 15 pessoas, havia chegado no país no dia 14 de janeiro, e dois tiveram que ficar para trás por terem testado positivo para a COVID-19. Enquanto isso, a China continua se defendendo em relação a ser o foco do vírus, ao que a OMS acusa a China e outros países de não agirem com rapidez no início dos surtos.
Ciberia // Canaltech