Os dados da missão do telescópio espacial Kepler continuam desvendando mistérios espaciais, com sete exoplanetas de um sistema estelar tendo órbitas diferentes dos que giram em torno do Sol.
Cientistas identificaram sete planetas, todos eles suportando um nível de calor por unidade de área de superfície superior ao experimentado pelos planetas do Sistema Solar.
O Kepler-385 é um sistema em que cada um de seus sete planetas ultrapassa a Terra em escala, mas seguem pequenos em comparação com Netuno.
Os dados do telescópio espacial Kepler, da agência espacial norte-americana NASA, cuja missão terminou em 2013, e cuja versão prorrogada terminou em 2018, lista 4.400 possíveis planetas. As informações revelam Kepler-385 como um excelente exemplo, que contribui para o compêndio que abrange mais de 700 sistemas com vários planetas, segundo o estudo publicado no portal de pré-impressão arXiv.
A peça central do sistema Kepler-385 é uma estrela que se assemelha ao nosso Sol, mas que é 10% maior e 5% mais abrasadora. Seus dois planetas mais internos, ligeiramente maiores que a Terra, são esferas rochosas que podem ostentar restos atmosféricos finos. Os cinco planetas maiores mais afastados, todos com um raio duas vezes maior que o do nosso planeta, parecem estar envoltos em camadas atmosféricas substanciais.
O catálogo, que incorpora métricas estelares refinadas e cálculos de trânsito planetário, revela uma tendência: os sistemas estelares que contêm muitos planetas em trânsito costumam ter esses planetas orbitando em trajetórias circulares mais uniformes do que seus equivalentes menos densos.
Jack Lissauer, pesquisador do Centro de Pesquisa Ames da NASA, no Vale do Silício, na Califórnia, EUA, falou aos repórteres sobre a compilação da lista mais precisa até agora dos possíveis planetas de Kepler e suas características. Ele sublinhou a importância desse novo catálogo, observando que ele aumentaria a compreensão da comunidade astronômica sobre os exoplanetas.
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