Uma equipe internacional de cientistas fez uma enorme descoberta nas proximidades da cidade de Zapala, na Patagônia Argentina. Os paleontólogos descobriram os restos fósseis de uma nova espécie de dinossauro, que habitou a região há 110 milhões de anos.
A nova espécie, encontrada por especialistas da Argentina e Espanha, recebeu o nome científico de Lavocatisaurus agrioensis, de acordo com o diário local Rio Negro. No entanto, a espécie recém-descoberta também foi apelidada de “Alfredito”, em homenagem ao lendário cantor e compositor uruguaio Alfredo Zitarrosa.
Segundo os cientistas, a espécie pertence ao grupo dos saurópodes, a mesma espécie que abrange o brontossauro e o diplodocus. Muitas dessas criaturas herbívoras e quadrúpedes, amplamente conhecidas pelo pescoço alongado, eram de enormes proporções.
Além de partes do pescoço, cauda e dorso, os pesquisadores encontraram a maioria dos ossos cranianos, incluindo o focinho, mandíbulas e dentes, permitindo fazer uma “reconstrução quase completa”, notou Jose Luis Carballido, cientista do museu Egidio Ferugliom, na Argentina.
No terreno, os paleontólogos conseguiram identificar que os restos ósseos descobertos pertencem a três espécimes – um dinossauro adulto e dois jovens – que, aparentemente, estavam em um mesmo grupo. O adulto tinha 12 metros de altura, enquanto os mais jovens mediam entre 6 e 7 metros.
Os paleontólogos revelaram ainda que essa foi uma descoberta inesperada, uma vez que os restos mortais foram encontrados em uma área que, há 110 milhões de anos, era muito deserta, não sendo, por isso, habitual encontrar vestígios fósseis por lá.
A área onde os fósseis foram encontrados teria sido um deserto com lagos esporádicos, ambiente pouco comum para os dinossauros. As condições áridas teriam contribuído para a morte dos herbívoros, que precisavam de muitas plantas e água para sobreviver.
“Embora se acredite que esse grupo de saurópodes possa ter se adaptado para viver em ambientes bastante áridos, com pouca vegetação, umidade e água, esse é um ambiente onde não se procuram fósseis“, concluiu José Luis Carballido.