O Departamento de Justiça dos EUA anunciou, esta segunda-feira (5), que deteve e acusou uma analista de revelar informação classificada de um serviço de informações, sobre um eventual envolvimento da espionagem russa nas eleições presidenciais.
Em comunicado, o Departamento de Justiça afirmou que a contratada Reality L. Winner, uma jovem de 25 anos, foi detida neste fim de semana no estado da Geórgia e acusada de delito contra a segurança nacional.
Winner trabalhava para a consultora Pluribus International e tinha autorização para manipular informação classificada como “muito secreta”.
Ainda segundo o Departamento de Justiça, a acusada imprimiu, em 8 de maio, informação classificada e a retirou das instalações para a entregar a um meio de comunicação.
“Distribuir material classificado sem autorização ameaça a segurança da nossa nação e mina a confiança pública no governo”, assegurou, em comunicado, o vice-Procurador-Geral dos EUA, Rod Rosenstein.
O site The Intercept publicou nesta segunda-feira documentos da Agência de Segurança Nacional (NSA) em que se detalham as intenções do governo russo em atacar informaticamente pessoas envolvidas no sistema de votação nos EUA, bem como se infiltrar nas comunicações de funcionários relacionados com o sistema eleitoral.
Estas informações constam em um documento classificado como “muito secreto” da NSA, com cinco páginas, em que se explicam as técnicas de infiltração e ‘phishing’ (correio eletrônico malicioso) utilizadas pela Rússia.
No relatório da NSA, datado de 5 de maio, afirma-se que a espionagem militar russa atacou uma empresa de softwares para eleições e enviou e-mails maliciosos para mais de cem dirigentes locais envolvidos no processo eleitoral, no fim de outubro ou início de novembro.
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