Tribunal regional de Zamoskvorechie, em Moscou, considerou a queixa de um astrólogo indiano que exige o cancelamento da transmissão de programas de TV, dos quais participam médiuns russos.
Programas de magia e atividades paranormais são bastante populares na Rússia e agora estão envolvidos em escândalo: o tribunal deverá decidir se os mágicos e médiuns, que fazem parte de programas de televisão, possuem realmente força extrassensorial ou se são somente efeitos especiais da televisão.
O astrólogo indiano Puneet Nahata, que vive e trabalha na Rússia, apresentou queixa ao tribunal contra os programas, e pergunta: “Como é que na Rússia, um país culturalmente tão rico, programas de baixa qualidade sobre magia são tão populares?”.
O próprio responde, alegando que as pessoas precisam de emoções e por isso assistem.
Desde sua chegada a Moscou em 2008, Nahata já atendeu cerca de 8 mil russos. Seus clientes variam entre pessoas simples e até mesmo personalidades da lista da Forbes.
O indiano apelou ao tribunal do bairro Zamoskvorechie de Moscou, em abril deste ano, solicitando que parassem de transmitir programas deste tipo, com participação de médiuns e mágicos.
De acordo com a solicitação do astrólogo, os programas violam a lei de publicidade, ou seja, o direito que o telespectador tem de receber informação verdadeira.
Em junho, o tribunal não acatou o pedido de Nahata, pois ele não apresentou provas plausíveis para abertura de processo. Depois disso, o astrólogo passou todo o terceiro trimestre deste ano juntando provas e testemunhas para apelar novamente.
Em outubro, o caso de Puneet Nahata passou a contar com o apoio e testemunho da médium russa Iolanta Voronova.
Iolanta é psicóloga e possui dois diplomas de educação superior – trabalha como funcionária pública e, além disso, ajuda pessoas dando conselhos para restaurar famílias.
Ambos acreditam que programas de televisão deste tipo podem causar danos à sociedade – ao contrário da sua profissão, a astrologia, que defendem que é baseada na ciência dos astros.
E eles estão prontos para defender suas posições perante a justiça.
// Sputnik News