Em meio a toda polêmica envolvendo a proibição do TikTok no território norte-americano, o presidente Donald Trump tomou uma atitude no mínimo inusitada, na última sexta-feira (14), ao justamente criar uma conta no Triller, um aplicativo também focado no compartilhamento de vídeos curtos e tido como um dos rivais da aplicação chinesa.
Conforme notado pela primeira vez pelo pelo repórter Taylor Lorenz, The New York Times, a conta @donaldjtrump já tinha aproximadamente 3.500 seguidores e a primeira postagem com mais de 1 milhão de visualizações até a conclusão desta matéria.
No vídeo, que você pode conferir neste link, o líder dos EUA faz afirmações como ser “um profissional em tecnologia” e que “ninguém pode fazer isso como eu”.
Pela montagem das cenas, a entrada de Trump na rede social mais parece fazer parte da estratégia de campanha para a sua reeleição no país, em vez de parecer algo tipo de alfinetada no app rival, que tem origem americana. Contudo, a atitude do presidente não deixa de ser um chamariz para atrair usuários para a plataforma.
O Triller, para quem não conhece, foi criado antes do TikTok, em 2015, e tem como coproprietário Ryan Kavanaugh, um empresário, produtor de cinema e financista de cinema americano. Em tamanho, o app focado em conteúdos de cunho mais adulto ainda tem muito espaço a conquistar com seus 700 mil downloads somente no mês passado, contra os 315 milhões do rival chinês no primeiro trimestre de 2020.
Trump estica prazo para TikTok regularizar situação
No mesmo dia em que sua conta foi criada no Triller, Donald Trump também reviu o prazo dado ao TikTok para alienar suas operações nos Estados Unidos e não ser banido de vez do país. Através de uma ordem executiva, o líder norte-americano estendeu o prazo para 90 dias (antes eram 45 dias) para a ByteDance, sediada na China, encontrar um comprador no território americano.
Entre os interessados na rede social com de 2 bilhões de downloads em todo o mundo está a Microsoft, cuja negociação avaliada em torno de US$ 50 bilhões foi chamada de “cálice envenenado” pelo cofundador Bill Gates. Também estaria nesta disputa o Twitter, cujo interesse poderia estar em fundir o TikTok com a rede social do passarinho azul.
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