Geofísicos norte-americanos acreditam ter resolvido o mistério do Monte Santa Helena, o vulcão mais mortífero dos Estados Unidos.
Adam Schultz, geofísico da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, acredita ter resolvido, em conjunto com sua equipe, o mistério do Monte Santa Helena, um vulcão localizado na Cordilheira das Cascatas, no noroeste dos EUA.
O vulcão tem uma particularidade: apesar de a Cordilheira das Cascatas ficar em uma região geologicamente ativa, o Santa Helena fica 50 km a oeste do resto dos vulcões.
Os cientistas estão convictos de que o batólito Spirit Lake, uma formação rochosa subterrânea com certa de 32 a 48 quilômetros de diâmetro, desviou o magma e a rocha parcialmente derretida para fora do arco e para oeste, formando assim o vulcão ativo. O artigo científico foi publicado recentemente na Nature Geoscience.
Em maio de 1980, o Monte Santa Helena passou por uma grande erupção, e desde então passou por períodos de construção da cúpula e de dormência. O mistério em torno do vulcão se intensificou e, em 2006, geocientistas da Universidade da Cantuária da Nova Zelândia forneceram algumas imagens do subsolo do vulcão.
De acordo com o Sci-News, os cientistas conseguiram as imagens através de uma técnica chamada levantamento magnetotelúrico, que mede a condutividade elétrica da superfície da Terra.
No recente estudo, Schultz e sua equipe usaram a mesma técnica para reunir imagens mais recentes e mais nítidas para observar e analisar as mudanças que aconteceram desde o estudo de 2006.
“As novas imagens são claras o suficiente para que, monitorando continuamente os campos geoelétricos e geomagnéticos, consigamos detectar mudanças no movimento do magma sob o Monte Santa Helena”, disse Schultz.
Para compreender a formação do vulcão, é preciso começar pela base: as placas tectônicas.
“Assim como nos dias de hoje, em que a placa de Juan de Fuca está sendo desliza sob a América do Norte, no passado, blocos crustais com sedimentos marinhos bateram no continente e se acumularam“, explicou o cientista. “Este material é mais permeável do que a rocha circundante e permite que o magma se mova através dele.”
O grande batólito desvia o magma que teria entrado em erupção na linha dos outros grandes vulcões da Cascata, caso o Spirit Lake não existisse.
Ciberia // ZAP