Um grupo de geólogos revelou aquele que é, provavelmente, o dinossauro mais bem conservado da história. Depois de ter passado cerca de 110 milhões de anos soterrado, este dinossauro herbívoro e quadrúpede apresenta um incrível estado de preservação.
Os cientistas não têm muitas informações sobre a morte do dinossauro, mas, de alguma forma, o corpo do animal acabou no fundo de um mar antigo em Alberta, no Canadá.
De acordo com os especialistas, os minerais mantiveram os restos mortais do animal incrivelmente intactos e transformaram gradualmente o corpo em um fóssil. Quando o dinossauro foi descoberto, em 2011, os cientistas rapidamente perceberam que era o melhor preservado do gênero.
“É basicamente uma múmia de dinossauro – é realmente excepcional”, diz Don Brinkman, diretor de preservação no Royal Tyrrell Museum.
O nodossauro. como foi batizado, foi uma espécie de dinossauro herbívoro e quadrúpede que viveu durante a primeira metade do período Cretáceo. O bicho media cerca de 5 metros, tinha 1,7 metro de altura e pesava cerca de 1,5 tonelada.
Era dotado de dois chifres laterais situados na área do pescoço e foi um dos primeiros dinossauros a desenvolver uma armadura protetora nas costas, sendo assim um ancestral dos anquilossauros.
O dinossauro, com a “armadura” e o intestino fossilizados intactos, veio de uma escavação realizada há seis anos nas areias do norte de Alberta, que no passado teria sido o fundo de um mar. A área está repleta de fósseis desde o início dos registros.
“Um mineiro viu um bloco com um padrão engraçado e entrou em contato com um geólogo”, destacou Brinkman. O fóssil, fotografado para a nova edição da revista National Geographic, está exposto desde sexta-feira (12) em um museu de Alberta.
A lei de Alberta designa todos os fósseis como propriedade da província, não dos proprietários da terra onde são encontrados. A maioria é descoberta depois de ser exposta pela erosão, mas a mineração também provou ser um benefício para os paleontólogos.
Don Brinkman disse que o museu foi muito cuidadoso para não inibir a atividade industrial da zona ao recuperar fósseis, para que os trabalhadores não tenham medo de os informar quando encontram algo “estranho”.
“Estas são espécies que nunca seriam recuperadas de outra forma. Nós recebemos duas ou três espécies significativas a cada ano”, sublinha Brinkman.
HypeScience // ZAP