Um milhão de dólares, ou mais de 3 milhões de reais. É o que a Coca-Cola vai pagar para quem ajudar a maior fabricante de refrigerantes do mundo a superar um de seus maiores problemas: o açúcar. O desafio foi lançado na semana passada em comunicado no site oficial da empresa.
A companhia diz que o concurso é um “apelo à ação para pesquisadores e cientistas para encontrar um composto de origem natural, seguro e com baixa ou nenhuma caloria, que crie a sensação de gosto de açúcar quando usado em bebidas e alimentos”.
A publicação ressalta que este composto não poderá ser “a base de estévia ou fruta-dos-monges e nem ser extraída de alguma espécie de planta protegida”. “Esta tarefa hercúlea certamente é um dos maiores problemas enfrentados pela indústria de alimentos, que movimenta US$ 4,8 trilhões”, acrescenta.
De acordo com a Quartz, pesquisas mostraram que, atualmente, os americanos bebem 15% menos refrigerantes se comparado há 15 anos, principalmente por preocupações com a saúde. Para completar, tanto a produção de refrigerantes da Coca-Cola como de sua maior rival, Pepsi, estão em queda ao longo da década no país.
Mas nem todos ficaram animados com a oportunidade. “Achei o valor da premiação um pouco baixo. Acredito que quem encontrar a solução pode ganhar mais dinheiro que isso”, opina Ross Colbert, analista de bebidas da multinacional financeira Rabobank, em entrevista ao site americano Quartz.
“Este concurso mostra o tamanho da pressão que é encontrar um substituto (ao açúcar) ou uma adequação. É algo como a busca pelo Santo Graal, porque criou uma adversidade aos refrigerantes gaseificados”, analisa Colbert.